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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Fundação: 1 mulher é agredida a cada 15 segundos


Dados da Fundação Perseu Abramo apontam que, a cada 15 segundos, uma mulher é espancada no Brasil. De acordo com a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, as violências contra as mulheres vão desde o físico até o psicológico, dentro e fora de casa.


Na sua avaliação, uma violência gera outra. Para conscientizar a população sobre a importância de denunciar essas agressões foi lançada hoje a Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, cujo slogan deste ano é: Comprometa-se!

A ministra disse que não há como afirmar se a violência contra as mulheres aumentou. Ela assinalou, entretanto, que o número de denúncias cresceu e deve ser cada vez maior. De acordo com Nilcéa, isso se deve à resposta das mulheres à Lei Maria da Penha e às campanhas de incentivo ao relato de agressões.

De acordo com a ministra, é preciso conscientizar a sociedade de que a violência contra a mulher não é um problema de mulheres. Para Nilcéa, uma outra campanha - Homens pelo fim da violência - , tem o objetivo de conscientizar a população masculina e arrecadar assinaturas de homens que são não aceitam a violência contra a mulher.

"Não adianta imaginarmos que vamos enfrentar a violência contra as mulheres sem a colaboração dos homens. Sem que os homens entendam que a violência contra as mulheres os prejudica, prejudica suas famílias, os seus filhos. É preciso que eles atuem ativamente. Então, precisamos não só da solidadriedade dos homens, precisamos que eles atuem ativamente."

Entre as ações do pacto nacional para o enfrentamento da violência contra as mulheres, está a educação de crianças e jovens que visa a diminuir as futuras agressões.

Nilcéia informa que uma outra ação prevista no pacto é mutirão de assistência jurídica a mulheres que estão presas, lançado no início do mês. O número de mulheres presas, ressaltou, aumentou.

"Segundo os dados do Departamento Penitenciário Nacional, é a questão do tráfico de drogas. Muitas mulheres, em geral jovens, são presas em função da atividade criminosa de pais, namorados e companheiros, que elas, consciente ou inconscientemente, ajudam no tráfico."

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