QUITO (Reuters) - O presidente do Equador, Rafael Correa, disse na segunda-feira que fortalecerá a capacidade de defesa e dissuasão dos seus militares na fronteira com a Colômbia, após uma crise no começo deste ano.
O Exército colombiano atacou em março um acampamento da guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no território equatoriano, provocando uma grave crise diplomática, ainda não totalmente resolvida.
"Nunca mais nos pegarão de surpresa, e todo ato de agressão terá resposta firme e digna em qualquer terreno", disse Correa em uma cerimônia militar em que determinou que as forças do país impeçam novas "agressões".
"Para isso estamos levando adiante um plano inteligente, racional e patriótico de recuperação da plena capacidade operacional das nossas Forças Armadas, da sua força dissuasória, para a defesa da nossa soberania territorial", acrescentou.
Autoridades militares disseram que o Equador pretende investir mais de meio bilhão de dólares na compra de helicópteros, aviões, radares e armas de Brasil, Israel, Itália e Rússia.
"Não voltará a haver radares desligados, aviões sem voar, carência de transportes, pior ainda, infiltrados a serviço de poderes estrangeiros", disse o presidente.
Correa advertiu a Colômbia que o Equador poderia restringir a entrada e permanência de cidadãos colombianos se Bogotá não exercer um controle eficaz da fronteira comum de 600 quilômetros.
O governo equatoriano assegura que quadrilhas colombianas estão realizando seqüestros no país.
O Equador autorizou em meados deste ano o livre ingresso de colombianos, como parte de uma política humanitária.
As relações entre Quito e Bogotá estão rompidas desde o incidente de março, e os dois governos trocam freqüentes acusações sobre o controle da fronteira.
(Reportagem de Alexandra Valencia)
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