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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

#sanduichedebuceta

Protesto de estudantes causa tumulto durante homenagem a Lula

Cerca de 100 universitários ligados á UFBA realizaram manifestação para pedir aumento da verba destinada pelo governo federal para a Educação; ex-presidente recebeu título honoris causa

20 de setembro de 2011 | 15h 43
Tiago Décimo, correspondente de O Estado de S.Paulo
SALVADOR - Foi sob protestos de um grupo de cerca de 100 estudantes ligados ao Diretório Central da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, no início da tarde desta terça-feira, 20, o título de doutor honoris causa da instituição. O grupo chegou ao prédio da reitoria da instituição para cobrar aumento para 10% do Produto Interno Bruto (PIB) o montante a ser obrigatoriamente investido em educação no País.
Estudantes gritaram palavras de ordem durante homenagem a Lula - Roberto Stuckert/Instituto Lula
Roberto Stuckert/Instituto Lula
Estudantes gritaram palavras de ordem durante homenagem a Lula
Como não havia espaço no salão onde ocorria o evento, os estudantes tiveram de ficar do lado de fora. Depois, conseguiram entrar no salão, onde acompanharam o fim das homenagens a Lula e voltaram a gritar palavras de ordem - enquanto pegavam autógrafos do ex-presidente nos próprios cartazes nos quais estavam escritas as reivindicações.
"Essa é uma reivindicação nova", disse Lula. "Até outro dia, os estudantes falavam em 7% (do PIB) - o que foi colocado no plano de governo da presidente Dilma (Rousseff) até 2014. Eu até brinquei, dia desses, que se fizessem essa reivindicação antes, enquanto eu era presidente, talvez a gente tivesse atendido."
Para Lula, é natural que o montante do PIB destinado à educação cresça gradualmente. O ex-presidente, porém, disse que seu governo conquistou "muitos avanços" na área. "Nós fizemos 14 universidades federais novas, 126 extensões universitárias, 214 escolas técnicas, um Reuni e ainda o Prouni", enumerou. "Ainda é preciso fazer muito para a educação chegar aonde a gente quer. Nós não queremos continuar sendo apenas exportadores de produtos in natura ou de commodities. Nós queremos ser exportadores de conhecimento, de inteligência."

Sobre a condecoração oferecida pela UFBA, Lula disse já ter aceitado 67 títulos como esse. "E vou continuar aceitando os que me forem oferecidos", afirmou. "Certamente existe uma parcela da elite retrógrada deste País que não se conforma. Se eles souberem que vou receber, no dia 27, o título de doutor honoris causa da Sciences Po Paris (Instituto de Ciências Políticas de Paris) é que eles vão ficar doentes. Eu serei o primeiro latino-americano a receber esse título."
Livro. Durante seu discurso, Lula também disse ter a intenção de fazer um livro sobre seu governo. "Todo ex-presidente que acaba de deixar o mandato em seis meses está com um livro pronto", brincou. "Eu resolvi que não era correto eu mesmo fazer um livro, porque o livro de um ex-presidente nunca vai ser verdadeiro. Não sei se vocês leram o livro do (ex-presidente americano Bill) Clinton. A Monica Lewinsky (estagiária com quem Clinton teve um caso) não está lá. Um livro meu também não ia contar tudo - e eu não ia fazer um livro para contar apenas o que vocês já leram no jornal."
Segundo Lula, a solução foi fazer um livro em que várias pessoas dão testemunhos sobre seu governo. "Nós vamos fazer um livro impessoal, nós vamos colocar a sociedade para dizer o que foram os oito anos do governo Lula."








#rio Ponte em risco em Teresópolis


Chamo a atenção da Prefeitura de Teresópolis para que envie com urgência um engenheiro ou perito para vistoriar esta ponte que liga o distrito de Pessegueiros à comunidade Campo Limpo. Muitas casa que ficavam próximas à ponte foram levadas pelas chuvas e, segundo os moradores, na tragédia da Região Serrana ela teve um dos três pilares de sustentação arrancado pela água. O chão está afundando e a parede lateral apresenta várias rachaduras, que aumentam dia após dia. O ônibus que atende os moradores só atravessa a ponte vazio. Os passageiros saem do veículo, cruzam a ponte a pé e, só depois, retornam para o ônibus para prosseguir a viagem. Com o problema, o número de ônibus foi reduzido e pegar uma condução, que já era difícil, piorou.
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               25 de abril de 2011 19h25           atualizado às 21h36    


                                                                            




20.01 - Teresópolis/RJ:  Retroescavadeira faz a retirada de terra e destroços de um deslizamento. Foto: Everton Gomes/Diário de Teresópolis/Futura Press        

Os deslizamentos na região serrana deixaram mais de 900 mortos
        Foto: Everton Gomes/Diário de Teresópolis/Futura Press





A cidade de Teresópolis, localizada na região serrana do Rio de Janeiro,  atingida no início do ano por enxurradas, ainda não conseguiu resolver  os problemas com os desabrigados. Na última quinta-feira, a situação  piorou com a transferência de alguns moradores, abrigados até então em  escolas, igrejas e galpões, para o Ginásio Pedro Jahara. De acordo com  alguns desabrigados, o local não apresenta a infraestrutura necessária  para atender as pessoas. 

"Estamos vivendo como porcos. Não tem comida, não tem limpeza, não tem  espaço, não tem nada", afirmou um dos abrigados que não quis se  identificar. O homem, que antes estava no abrigo Renascer, no bairro  Meudon, disse que a situação no ginásio é a mais precária possível e que  o principal problema é o alojamento, onde estão 15 homens em beliches.

"Não tem ventilação nenhuma, não tem limpeza. Fica um monte de caixas  entulhadas, muita roupa espalhada entre os beliches, uma confusão",  disse o abrigado. "Tem gente que fuma, que bebe, que chega alterado e  faz xixi no chão. A gente vive no meio disso", afirmou.

Outro desabrigado, que também não quis revelar o nome, reclamou da falta  de infraestrutura e de privacidade do novo abrigo. Ele, que perdeu a  casa e 14 pessoas da família, afirma que preferia ser transferido para  uma das barracas cedidas pela organização não governamental (ONG)  inglesa ShelterBox, que foram instaladas no Bairro Alto. "A gente teria  muito mais privacidade e eu poderia ficar com minha namorada também  desabrigada", disse.

Cedido por um empresário, o abrigo Renascer, que funciona em um galpão,  precisará ser desocupado até o fim da semana. Por isso, todos os  desabrigados solteiros foram levados para o ginásio. Segundo a  prefeitura, o local "dispõe de melhor estrutura e privacidade", e, em 20  dias, será decidido o destino final das 13 pessoas.

Famílias desabrigadas conseguiram vagas nas barracas, apontadas pelos  moradores de abrigos como a melhor solução. "Vou ter o meu primeiro  momento de tranquilidade e privacidade", afirmou Cristiane Almeida, que  vai para as tendas com os três filhos. Após três meses da tragédia,  recebendo os R$ 500 de aluguel social, ela ainda não conseguiu uma casa.

Embora não tenha oferecido as tendas aos solteiros, a prefeitura não  descartou pedir mais barracas para a ONG. Também informou que negocia  com o governo estadual a inclusão de mais 200 famílias no aluguel  social. Atualmente, 2,3 mil são beneficiadas no município.

As medidas, no entanto, são lentas e deixam em situação vulnerável as  pessoas que perderam suas casas, segundo o presidente da Associação de  Vítimas de 12 de Janeiro, João Alves Caldeira. Ele cobra a inclusão de  mais famílias no cadastro do aluguel social e é a favor da transferência  dos desabrigados para o ginásio municipal, apesar do local não oferecer  as "condições ideais".

"Até quando essas pessoas vão ficar em igrejas, em galpões alugados  pelos empresários, apertados e em casas de parentes?", perguntou. "Essa é  uma forma de cobrar respostas e ações da prefeitura. O que não pode é  as pessoas ficarem sem atendimento", afirmou Caldeira.

Tragédia na região serrana
As fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro nos  dias 11 e 12 de janeiro provocaram enchentes, deslizamentos de terra e  mataram oficialmente 905 pessoas. Mais de 300 foram consideradas  desaparecidas. As cidades mais atingidas pelos temporais foram  Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do  Rio Preto. De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), chuvas  com tal intensidade - algumas estações registraram quase 300 mm de  precipitação em 24 horas - têm probabilidade de acontecer apenas a cada  350 anos.





DA AGÊNCIA BRASIL

A cidade de Teresópolis, na região serrana do Rio, ainda não conseguiu   resolver os problemas das famílias que ficaram desabrigadas com as   chuvas de janeiro.



A situação piorou com a  transferência deles para o ginásio Pedro Jahara,  na última quinta-feira  (21). Eles estavam vivendo em escolas, igrejas e  galpões. O problema é  que o ginásio, segundo alguns desabrigados, não  tem infraestrutura  necessária para atender as pessoas.

Um dos desabrigados, que  não quis se identificar, estava no abrigo  Renascer, no bairro Meudon, e  disse que a situação no ginásio é a mais  precária possível. "Estamos  vivendo como porcos. Não tem comida, não tem  limpeza, não tem espaço,  não tem nada", afirmou. O principal problema,  segundo ele, é o  alojamento, onde estão 15 homens em beliches.

"Não tem  ventilação nenhuma, não tem limpeza. Fica um monte de caixas   entulhadas, muita roupa espalhada entre os beliches, uma confusão",   disse. "Tem gente que fuma, que bebe, que chega alterado e faz xixi no   chão. A gente vive no meio disso."

Outra pessoa que vive no  local, e que também não quis revelar o nome,  reclamou da falta de  infraestrutura e de privacidade do novo abrigo. Ele  disse que perdeu a  casa e 14 pessoas da família. "Preferia ser  transferido para uma das barracas cedidas pela ONG Shelter Box,   que foram instaladas no Bairro Alto. A gente teria muito mais   privacidade e eu poderia ficar com minha namorada [também desabrigada]",   disse.

Cedido por um empresário, o abrigo Renascer, que  funciona em um galpão,  precisará ser desocupado até o fim da semana.  Por isso, todos os  desabrigados solteiros foram levados para o ginásio.  Segundo a  prefeitura, o local "dispõe de melhor estrutura e  privacidade", e que,  em 20 dias, será decidido o destino final das 13  pessoas transferidas  para o local.

As pessoas casadas ou com  filhos, conseguiram vagas nas barracas,  apontadas pelos moradores de  abrigos com a melhor solução. "Vou ter o  meu primeiro momento de  tranquilidade e privacidade", afirmou Cristiane  Almeida, que vai para  as tendas com os três filhos. Há três meses da  tragédia, mesmo  recebendo os R$ 500 de aluguel social, ela ainda não  conseguiu uma  casa.

Embora não tenha oferecido as tendas aos solteiros, a  prefeitura não  descartou pedir mais barracas para a ONG britânica.  Também informou que  negocia com o governo estadual a inclusão de mais  200 famílias no  aluguel social. Atualmente, 2.300 são beneficiadas no  município.

As medidas, no entanto, são lentas e deixam em  situação vulnerável as  pessoas que perderam suas casas, segundo o  presidente da Associação de  Vítimas de 12 de Janeiro, João Alves  Caldeira. Ele cobra a inclusão de  mais famílias no cadastro do aluguel  social e é a favor da transferência  dos desabrigados para o ginásio  municipal, apesar do local não oferecer  as "condições ideais".

"Até quando essas pessoas vão vai ficar em igrejas, em galpões alugados   pelos empresários, apertados e em casas de parentes?", questiona.  "Esse é  uma forma de cobrar respostas e ações da prefeitura. O que não  pode é  as pessoas ficarem sem atendimento", afirmou Caldeira.

Assim como a associação, moradores de Teresópolis estão insatisfeitos com a gestão municipal depois da tragédia.

Nesta segunda-feira, representantes da sociedade, sindicatos e   comerciantes voltam a discutir ações de protesto. A ideia é fazer mais   uma manifestação no próximo dia 12 de maio. Na última manifestação, em   12 de abril, o ato de protesto reuniu cerca de 5.000 pessoas no centro   de Teresópolis.




 
Fundação Getúlio Vargas
avalia o destino Teresópolis







O   prefeito Jorge Mário Sedlacek, recebeu ontem (21), a consultora da   Fundação Getúlio Vargas -Karen Ramos, que veio avaliar o poder público e   privado, além de atores da cadeia produtiva do turismo. Em parceria  com  o SEBRAE, a Secretaria de Turismo vem se preparando para receber o   Destino Indutor do Governo Federal.





Ser   considerado um município indutor de turismo é um bom negócio para a   cidade, pois passa a ter acesso a verbas federais especiais do Programa   Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) para serem aplicadas   em infra-estrutura, além de assistência técnica para promoção e   marketing. O Brasil tem 65 destinos Indutores de turismo, dentre os   quais 27 capitais. Em seis anos, esses municípios receberam   investimentos de R$ 1 bilhão para obras de infraestrutura. Ao todo foram   firmados 656 contratos para a realização de obras nos destinos   priorizados pelo Programa de Regionalização do MTur.


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A resident attempts to save some potatoes from floods. (Mauricio Lima, AFP)

































18/01/2011 - 05h00


 Prefeitura de Teresópolis centraliza distribuição de água e alimentos




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VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
JORGE ARAÚJO
ENVIADOS ESPECIAIS A TERESÓPOLIS

A Prefeitura de Teresópolis decidiu ontem que os donativos para os    desabrigados do temporal só podem ser entregues mediante a apresentação    de ofício assinado pela secretária de Educação, Magali Tayt-Sohn de    Almeida.

Até as 20h de ontem, o total de mortos nos quatro   municípios mais  atingidos -Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis e   Sumidouro- chegava a  665. Há mais de 16.400 desabrigados e desalojados.  

Para retirar as doações, os flagelados têm de fazer um   cadastro com RG e  CPF, mas a maioria perdeu todos os documentos na   enchente.

A decisão desagradou voluntários da Cruz Vermelha   que distribuíam roupas  e mantimentos em dois galpões no bairro do Bom   Retiro, na periferia da  cidade.

Houve bate-boca de enfermeiros e médicos da entidade com servidores municipais, informa reportagem de Vinícius Queiroz Galvão e Jorge Araújo, de Teresópolis.

A reportagem está disponível para assinantes da Folha e do UOL.

Leia a reportagem completa na Folha, que já está nas bancas.














17 de janeiro de 2011 | 20h 06







ROBERTA PENNAFORT - Agência Estado

A prefeitura de Teresópolis (Prefeitura Municipal de Teresópolis)    está sendo acusada de  impedir a distribuição de donativos por parte   da  Igreja Católica.  Segundo o padre Paulo Botas, integrantes da    comunidade católica que  foram até o estádio Pedrão ouviram de    funcionários municipais que  "nenhuma igreja católica de Teresópolis    iria receber doações". A  prefeitura desmente a informação - diz que não    passa de boato ( É LÓGICO!)e que a  religião dos desabrigados não é fator levado em consideração. ( SÓ FALTAVA , ISSO É ABSURDO DEMAIS !)

"Falaram isso sem o menor constrangimento. O prefeito (Jorge Mário  Sedlacek) é evangélico e não quer que a ajuda vá para os católicos.    As  pessoas se cadastraram, mas foram discriminadas. Nessa situação   tão   grave, não tem confissão religiosa, não pode ter essa competição     ideológica. Isso é um pecado mortal, ainda mais vindo de pessoas     cristãs", disse o padre, da igreja do Sagrado Coração de Jesus de Barra     do Imbuí, área bastante afetada pelas chuvas.

Ele contou que    foi alugado um galpão, na frente da igreja, para onde  seriam levados    roupas e alimentos que emissários recolheriam do montante  estocado  no   Pedrão. A intenção era fazer do galpão um centro de  distribuição  para   atendimento de moradores de bairros como Posse, Campo  Grande e    Espanhol, onde famílias inteiras morreram.

Sem querer entrar  em   detalhes sobre a religião do prefeito, o padre  Mario José  Coutinho,   decano da Diocese de Petrópolis, disse que a  situação é de  boicote à   Igreja Católica. "É surreal, uma ofensa, uma  vergonha, uma  agressão à   humanidade. Transformaram uma questão  humanitária em  religiosa",   criticou.

Amanhã, antes de rezar uma missa de sétimo  dia no Imbuí, o   bispo de  Petrópolis, dom Filippo Santoro, terá uma  reunião com o   prefeito para  discutir o assunto. Dos 21 abrigos  abertos em   Teresópolis, metade foi  providenciado em igrejas  evangélicas.



Decano da Diocese de Petrópolis diz que situação é de boicote; prefeitura nega



17 de janeiro de 2011 | 19h 34







Bruno Boghossian e Roberta Pennafort - O Estado de S. Paulo

RIO    e TERESÓPOLIS - De um lado, donativos que chegam às  toneladas de  todo  o  País; de outro, a falta de entrosamento entre a  prefeitura de    Teresópolis e organizações que tentam fazê-los chegar de  modo mais    eficiente a quem precisa, como a Cruz Vermelha e a Igreja  Católica,    cuja iniciativa, segundo voluntários, está sofrendo obstrução  por parte    do poder público. Até médicos foram impedidos de trabalhar.  Enquanto    isso, milhares de desabrigados ainda têm dificuldades para  conseguir    água, alimentos e artigos básicos para sua sobrevivência.  




Wilton Junior/AE


Wilton Junior/AE


Moradores do bairro de Campo Grande, em Teresópolis

Hoje,    voluntários da Cruz Vermelha relataram que funcionários da   prefeitura   tentaram impedir a saída de carregamentos do galpão montado   pela   organização internacional no centro da cidade. A prefeitura  nega.  "Está   acontecendo uma briga de egos aqui em Teresópolis. A  prefeitura    determinou que nada pode ser entregue sem sua  autorização", disse Jairo    Gama, um dos cem voluntários da Cruz  Vermelha em atividade na cidade.

Numa   reunião entre as duas  partes, a prefeitura decidiu que iria    centralizar a entrega do  material. A Cruz Vermelha, no entanto, acredita    que tenha condições  de fazer um trabalho mais direcionado, já que    dispõe de informações  precisas sobre as necessidades de cada localidade.

















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Apesar    da intervenção da prefeitura, a Cruz Vermelha continuou  fazendo    entrega de material hoje - montou um ponto de distribuição em  outro    ponto da cidade. "O que a gente quer é evitar o desperdício. Por     exemplo: não adianta entregar 30 quilos de arroz a uma pessoa de uma vez     só", explicou Luiz Alberto Sampaio, presidente da Cruz Vermelha no    Rio. 

O prefeito de Teresópolis, Jorge Mário Sedlacek, negou    que houvesse  qualquer problema de entendimento. "Uma operação como  esta   precisa de  um comando centralizado. Está todo mundo cooperando.  Não   temos  dificuldade com ninguém", afirmou. Mas no domingo, segundo    relatos de  voluntários, até a polícia teria, a mando da prefeitura,    tentado impedir  a saída de um caminhão.

Mesmo médicos que    estão em Teresópolis para prestar atendimento  gratuito à população    sofreram impedimento de sair da base da Cruz  Vermelha por funcionários    da prefeitura. Isso ocorreu hoje de manhã. À  tarde, numa reunião,   ficou  definido que a Cruz Vermelha atuará no  atendimento nas cinco    localidades mais castigadas. Mas a princípio  estaria impedida,    oficialmente, de entregar donativos.

A prefeitura de    Teresópolis está sendo acusada também de impedir a  distribuição de    donativos por parte da Igreja Católica. Segundo o padre  Paulo Botas,    integrantes da comunidade católica que foram até o estádio  Pedrão    ouviram de funcionários municipais que "nenhuma igreja católica  de    Teresópolis iria receber doações". A prefeitura desmente a informação  -    diz que a religião dos desabrigados não é fator levado em     consideração.

"O prefeito é evangélico e não quer que a ajuda    vá para os  católicos", critica o padre, da igreja do Sagrado Coração  de   Jesus de  Barra do Imbuí, área bastante afetada pelas chuvas. Ele    contou que foi  alugado um galpão na frente da igreja, para onde seriam    levados roupas e  alimentos que emissários recolheriam do montante    estocado no Pedrão.

Sem querer entrar em detalhes sobre a    religião do prefeito, o padre  Mario José Coutinho, decano da Diocese de    Petrópolis, disse que a  situação é de boicote à Igreja Católica. "É    surreal, uma ofensa, uma  vergonha. Transformaram uma questão    humanitária em religiosa". Nesta  terça, antes de rezar uma missa de    sétimo dia no Imbuí, o bispo de  Petrópolis, dom Filippo Santoro, terá    uma reunião com o prefeito para  discutir o assunto.




Jorge Mario Sedlacek



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Jorge Mario Sedlacek
Prefeitos de Teresópolis
Mandato: 2009-2012
Precedido por: Roberto Petto

Nascimento: 9/10/1954

Teresópolis RJ
Partido: Partido dos Trabalhadores PT
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Jorge Mario Sedlacek ou apenas Jorge Mario é um prefeito da cidade de Teresópolis cujo o mandado será de 4 anos(2009-2012).


Referências



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Região Serrana enfrenta a pior catástrofe de sua história




Foto: Divulgação


Peritos    exibem fotos das vítimas em frente ao IML para  reconhecimento por    parentes e os primeiros corpos começam a ser  sepultados no cemitério    municipal de Teresópolis, onde foram abertas 300  covas | Foto:    Divulgação

Castigada por um temporal que fez chover em 24 horas    mais do que era  esperado para todo o mês, a Região Serrana do Rio    enfrenta desde a noite  da terça-feira 11 de janeiro a pior catástrofe    natural do Brasil. Com o  número de mortos, desabrigados, desalojados,    feridos e desaparecidos, a  tragédia já superou o registrado em  janeiro   do ano passado, em Angra  dos Reis e, em abril, na capital e  Niterói.

Localidades   inteiras foram soterradas por lama no  município de  Teresópolis. No   bairro Caleme, uma represa da Cedae  transbordou por  causa da tromba   d’água, provocando o deslizamento de  encostas sobre  casas e carros. Em   Nova Friburgo, três bombeiros que  seguiam para  resgatar vítimas quando  o  carro onde estavam foi  soterrado por uma  avalanche.

Petrópolis   também sofreu  devastação em diferentes pontos. O Distrito de  Itaipava   foi o mais  atingido. O soterramento de uma casa na localidade  Vale do   Cuiabá  matou 12 pessoas de uma mesma família. Corpos foram  recolhidos   por  moradores e depositados às margens de um rio à espera de  resgate.    Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto, também cidades da  região,    também contabilizam mortos.








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