RODRIGO VARGAS
DE CUIABÁ
Candidatos aprovados em um concurso para professor da rede pública em Mato Grosso do Sul terão de apresentar um exame toxicológico recente para comprovar que não são usuários de maconha ou cocaína. A exigência consta de um edital publicado nesta quinta-feira (22) no "Diário Oficial". Segundo o documento, a etapa é obrigatória e "de caráter eliminatório" e servirá, juntamente com outros testes médicos e psicológicos, para medir a "aptidão física e mental" dos aprovados. No ano passado, ao convocar 142 aprovados em outro concurso para professor, o governo de MS havia requisitado o mesmo exame, mas recuou e disse que havia cometido um "equívoco" na produção do edital. "O equívoco se repetiu", disse Paulo Ângelo de Souza, presidente do CDDH (Centro de Direitos Humanos Marçal de Souza), que pretende levar o caso ao Ministério Público. "É uma exigência invasiva e descabida." Para Souza, usuários de drogas em fase de recuperação serão "impedidos de encontrar trabalho". "Esse não é um caso de exclusão social, mas de reinserção", afirmou. O professor Roberto Magno, presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), disse que a entidade pediu que a exigência fosse retirada. "Achamos que é algo que irá expor as pessoas", disse. Segundo André Luiz Godoy Lopes, diretor de seleção de pessoal da Secretaria de Administração, a exigência do exame toxicológico existe em todos os concursos promovidos pelo Estado. "A lei diz que o candidato deve comprovar boa saúde física e mental. E os últimos estudos da medicina comprovam que o dependente químico é um doente. Esse exame é justamente para identificar candidatos com esse problema", disse.
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