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DA EFE
Os italianos testemunham uma nova polêmica envolvendo a classe política
do país após a publicação nesta sexta-feira de uma lista com dez
políticos supostamente homossexuais que mantiveram em público atitudes
homofóbicas.
Entre os dez nomes --todos eles homens e em sua maioria casados com mulheres, divulgados pelo blog "listaouting.wordpress.com"--, figuram três membros do governo conservador de Silvio Berlusconi, incluindo um ministro, assim como um presidente regional do partido do chefe do Executivo, o PDL (Povo da Liberdade).
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Reprodução do blog que listou políticos políticos supostamente gays que mantiveram atitudes homofóbicas |
Porém, o próprio Mancuso, um dos ativistas homossexuais mais populares da Itália, tomou distância da iniciativa, também reprovada pela classe política e os grupos que defendem os direitos dos gays no país.
"O que me surpreendeu foi que alguns dos presentes na lista reagiram de modo muito positivo, o que quer dizer que tiveram uma reação melhor do que a dos líderes dos movimentos gays. Há uma questão central: é uma ofensa dizer a alguém que é gay?", indagou Mancuso à imprensa italiana.
A resposta do ativista fazia referência à rejeição manifestada pela principal associação LGTB da Itália, Arcigay, que reprovou a lista por não haver "nenhum dossiê e nenhuma fonte verificada".
Anna Paola Concia, autora da proposta de lei contra a homofobia, que foi rejeitada pela Câmara dos Deputados em julho, também se posicionou contra a iniciativa do blog.
"Fazer alguém assumir ser homossexual é uma prática extrema e violenta que não faz parte da minha cultura política. Mas essa atitude é fruto de desespero dos cidadãos homossexuais e transexuais que são vitimas de discriminações inaceitáveis", comentou Anna Paola, que é lésbica assumida e integrante do opositor PD (Partido Democrata).
A ministra de Igualdade, Mara Carfagna, companheira de partido de alguns dos políticos que aparecem na lista, também fez questão de expressar sua reprovação à iniciativa. "A lista é um disparate cínico e violento, uma difamação gratuita que não colabora com a causa da luta contra a homofobia", avaliou.
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