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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Tarso diz que não afastará servidores sem concurso


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FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), anunciou que vai manter nos quadros do governo 155 funcionários que ocupam cargos comissionados criados desde o começo de seu mandato.

Justiça suspende criação de cargos no governo gaúcho

Na segunda-feira, o Tribunal de Justiça gaúcho mandou o Estado suspender a criação dessas vagas de preenchimento sem concurso por entender que elas não são de chefia ou assessoramento.

O governo do Estado vai aguardar a publicação do acórdão com a decisão judicial e planeja contestar o posicionamento da Justiça. Enquanto isso, os servidores continuam trabalhando.

O questionamento na Justiça partiu da bancada do PMDB, que acusa os petistas de tentarem aparelhar o Estado com os novos cargos e de inchar a folha de pagamento.

De acordo com o governo do Estado, o trabalho de alguns órgãos fica inviabilizado sem essas vagas.


Greve na Saúde de Porto Alegre aponta falhas no atendimento que pode durar até cinco anos

(*) Jorge Américo, da Radioagência NP –

Os servidores municipais, estaduais e federais, que atuam na rede de saúde pública da Prefeitura de Porto Alegre, iniciaram uma greve que atingiu todos os postos de atendimento do município. Diversas categorias aderiram ao movimento. Participam técnicos e auxiliares de enfermagem, funcionários do setor administrativo e áreas de apoio em geral.

Os médicos não participam da greve. No mês de junho, a Câmara Municipal estabeleceu um novo plano de carreira para a categoria. Na ocasião, foi criado o cargo de especialista médico, com jornada de 20 horas semanais, além de gratificações.

Os trabalhadores defendem redução da jornada de trabalho, sem redução de salário. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência do Rio Grande do Sul (Sindisprev/RS), Joel Soares, afirma que a prefeitura se recusou a negociar quando a categoria sinalizou que iria entrar em greve.

“A gente tentou de toda forma evitar que houvesse esse confronto, mas o prefeito foi intransigente. Nós queremos que seja regulamentada a carga horária já existente de todos os profissionais para 30 horas semanais. Entendemos que é possível suportar na rede de saúde.”

A greve também está servindo para denunciar as condições de atendimento nas unidades de saúde. Em alguns casos faltam equipamentos e acessórios básicos até mesmo para fazer curativos. Soares relata que a greve recebeu apoio da população.

“Eles estão entendendo isso porque sabem que têm dificuldade para marcar a primeira consulta e as pessoas estão levando até cinco anos para ter atendimento nas especialidades. Sabem que é necessário contratar mais profissionais e equipar os prédios e o pronto-atendimento.”






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