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domingo, 17 de julho de 2011

UPAs feitas com contêineres ou pré-moldados custam 25% mais que hospitais de alvenaria


Publicada em 16/07/2011 às 22h16m

Fábio Vasconcellos (fabiovas@oglobo.com.br)Natanael Damasceno (natand@oglobo.com.br)

O hospital escola de São Carlos (SP): o metro quadrado da construção sai a R$ 1.900, 25% menos que o custo de R$ 2.385 dos módulos de aço das UPAs no Rio / Divulgação

RIO - Na lógica de gastos do poder público do Rio, a menor diferença entre custo e benefício nem sempre é o melhor preço. Um comparativo feito pelo GLOBO mostra que a utilização de contêineres ou módulos pré-moldados de aço para erguer as Unidades de Pronto-Atendimento 24h (UPAs) custa, em média, 25% mais caro que construir um hospital inteiro de alvenaria. Apesar da diferença, o uso das estruturas metálicas virou uma febre no estado, desde que o governo inaugurou a primeira UPA na Maré, em 2007. Desde então, já foram instaladas mais 41 unidades com esse tipo de material. Outras secretarias, como as de Governo e Segurança, além de municípios do interior, da prefeitura da capital e da Guarda Municipal, passaram também a adotar os pré-moldados metálicos.

Os custos de instalação das UPAs já chamaram a atenção dos promotores da área de saúde do Ministério Público estadual. Eles investigam suspeitas de superfaturamento na compra das estruturas de aço. Nos tribunais de Contas do Estado (TCE) e do Município (TCM), tramitam processos nos quais os técnicos questionam os valores e os processos licitatórios de instalação das UPAs.

Pelos dados fornecidos pelo governo estadual e pela prefeitura, os módulos de aço das UPAs têm um custo de R$ 2.385 por metro quadrado. O preço supera em 25% os R$ 1.900 que a prefeitura de São Carlos, em São Paulo, investe na construção do Hospital Escola Municipal. A unidade, que está parcialmente pronta, tem mais de 30 mil metros quadrados. No custo total de R$ 58 milhões estão incluídas as despesas com paisagismo, instalações elétricas e hidráulicas, além de sistema de refrigeração. A obra conta ainda com a assinatura do arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé), responsável pelos projetos dos hospitais da Rede Sarah Kubitschek.

Leia a íntegra na edição digital do GLOBO (edição digital)


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