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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Trabalhadores da Eletrobras acenam com nova paralisação

Trabalhadores da Eletrobras acenam com nova paralisaçãoApós a paralisação de 48 horas encerrada na última quinta, 21 de julho, os trabalhadores do Sistema Eletrobras já admitem nova paralisação caso não ocorra uma sinalização do governo na reabertura no canal de negociação. A definição sairá após reunião do Coletivo Nacional dos Eletricitários, que nos próximos dias 26 e 27 se reúne em Brasília para discutir o assunto. Há a possibilidade de uma nova paralisação de 72 horas ou greve por tempo indeterminado.


Para Fernando Pereira, Secretário de Energia da Federação Nacional dos Urbanitários, o principal entrave na negociação é justamente estabelecer um canal de interlocução. "A Eletrobras diz que está aguardando orientação do governo, mas o governo diz que é isso mesmo e ninguém diz nada, uma falta de respeito muito grande com os trabalhadores da empresa". Pereira critica ainda a falta de autonomia do presidente da empresa, sem poder para negociar com os trabalhadores sem aval do governo. "Até o governo FHC, os presidentes tinham autonomia, se pedíamos 10 eles diziam que 10 não podia, só podia ser 6, buscavam alternativas. O governo atual está com essa intransigência que não tem que haver negociação", afirmou.


E para reabrir o canal de negociação, os trabalhadores do Sistema Eletrobras buscam na figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva um aliado para por fim a falta de diálogo com o governo federal. Ontem em Salvador, foi entregue uma carta ao ex-presidente pedindo uma intervenção dele na reabertura do canal de negociação. A carta relembra os investimentos feitos por Lula no setor elétrico, o fortalecimento das empresas no setor e repudiam o "arrocho salarial" imposto pelo governo Dilma Rousseff no momento de crescimento econômico que o país atravessa. Junto com a carta foi entregue também uma contraproposta com 16 itens considerados prioritários pelos trabalhadores, entre eles o aumento salarial de 9,57% e indenização compensatória em abono 10% da remuneração acrescido de uma parcela fixa de R$ 3.000. O governo está oferecendo apenas 6,51% referente ao Índice de Preço ao Consumidor Amplo.


Segundo Pereira, uma paralisação maior que a última de 48 horas poderá deixar a manutenção do sistema frágil. Ele alerta que apesar do contingente de 30% que por força da lei é obrigado a permanecer para gerir o sistema, uma greve traz vulnerabilidade. "Nosso objetivo não é forçar um blecaute, mas é claro que caso haja alguma pane no sistema, o restabelecimento será mais demorado, porque o número de trabalhadores à disposição é bem menor".



Fonte: Sinergia Bahia






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