[Valid Atom 1.0]

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Justiça de Minas afasta juíza suspeita em caso do goleiro Bruno


Publicidade

PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais afastou nesta quarta-feira a juíza Maria José Starling, da comarca de Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). A decisão foi publicada no começo da noite no Diário do Judiciário eletrônico.

Entenda o caso envolvendo o goleiro Bruno
Macarrão diz que sangue encontrado no carro de Bruno era de Eliza
Noiva de goleiro Bruno acusa juíza de ameaça de morte
STJ nega liminar para tirar goleiro Bruno da prisão
Goleiro Bruno recebe visita das filhas e ex-mulher

A juíza é a mesma que foi acusada pelo ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Oliveira, no mês passado, durante audiência na Assembleia Legislativa de Minas, de tentar extorquir, juntamente com um advogado, R$ 1,5 milhão de sua família para que ele fosse libertado.

A publicação do ato do 1º vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Mário Lúcio Carreira Machado, em substituição ao presidente do TJMG, não especifica o motivo do afastamento e se se trata do caso envolvendo o goleiro. Diz apenas: "Afastando do cargo a juíza de direito Maria José Starling, da primeira Entrância, tendo em vista a deliberação da Egrégia Corte Superior".

Mastrangelo Reino-16.jul.10/Folhapress
Luiz Henrique, o Macarrão, amigo e funcionário de Bruno, suspeito de ter particapado do suposto assassinato de Eliza
Luiz Henrique, o Macarrão, amigo e funcionário de Bruno, suspeito de ter particapado do suposto assassinato de Eliza

A assessoria do tribunal não se manifestou sobre o caso. A juíza também não se pronunciou. Starling deverá responder a um processo administrativo, de acordo com o regimento interno da Justiça mineira.

O goleiro Bruno, que está preso sob acusação de participar da morte de sua ex-amante Eliza Samudio, reafirmou aos deputados o que sua noiva, Ingrid Oliveira, 26, havia contado aos deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia.

Na ocasião, Bruno disse que só viu a magistrada uma vez, em outubro de 2010, durante uma audiência. A noiva do goleiro, porém, disse em seu depoimento que Starling tinha visitado Bruno na cadeia à noite. Bruno afirmou que a juíza o chamou a uma sala reservada, naquela ocasião, e lhe pediu que ficasse tranquilo porque tudo daria certo.

Segundo ele, Ingrid se encontrava com a juíza e o informava sobre as conversas das duas.

"No começo, eu acreditava em um trabalho limpo de pedido de habeas corpus. Mas depois mudou. Teríamos que pagar antes, ficou estranho", afirmou o goleiro. E acrescentou que sua noiva lhe escreveu em 25 de fevereiro dizendo que o advogado do jogador, Cláudio Dalledone, "tinha aberto os olhos dela". Dalledone, que também depôs aos deputados, afirmou que partiu dele a decisão de denunciar a suposta extorsão.

Ele apresentou o vídeo de uma reunião que teve em fevereiro com Robson Pinheiro, então advogado de Bruno, para supostamente tratar do pedido de habeas corpus. O material, que estava inaudível, foi enviado para perícia.

Na ocasião, o advogado da juíza, Getúlio de Queiroz, reafirmou que sua cliente não conhece Ingrid nem manteve nenhum contato com ela. "Essa acusação é totalmente descabida e mentirosa. A juíza nunca ofereceu vantagem nenhuma ao goleiro nem à sua noiva", disse. O advogado Pinheiro também sempre negou a acusação.







LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Nenhum comentário: