Correio Braziliense - 09/06/2011 |
Trabalhadores sacam recursos dos investimentos para pagar dívidas com bancos e lojas. Saldo negativo é o maior desde dezembro Pendurados no cheque especial e no cartão de crédito e com o poder de compra dos salários corroído pela inflação, os brasileiros estão raspando as economias para saldar as contas. Depois de atacar a caderneta de poupança, os trabalhadores se voltam agora para os fundos de investimento, que registraram um resgate líquido (saques maiores do que aplicações) de R$ 7,16 bilhões em maio. Esse foi o maior saldo negativo desde dezembro, segundo os dados divulgados ontem pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). No mês passado, as aplicações somaram R$ 189 bilhões, mas foram superadas pelos resgates de R$ 196,1 bilhões. As retiradas foram 3,76% maiores do que os investimentos. Com a incorporação da rentabilidade ao principal investido, entretanto, o patrimônio líquido somado de todos os fundos aumentou 0,2%, atingindo R$ 1,73 trilhão. A modalidade de fundos multimercados, que aplicam em diversos ativos, liderou as retiradas líquidas em maio, com R$ 10,2 bilhões. "Contribuiu para esse resultado o resgate aproximado de Apesar das retiradas de maio, após o agravamento das dívidas, os fundos ainda acumulam uma captação líquida de R$ 43,7 bilhões no ano, o melhor desempenho para os cinco primeiros meses desde 2006. No mês, as aplicações em renda fixa foram o destaque positivo em termos de rentabilidade, com ganho de 1,07%. Na ponta contrária, as carteiras de ações atreladas ao IBrX Ativo, um dos indicadores da Bolsa de Valores de São Paulo, tiveram queda de 2,48%. O mesmo se deu no apurado em 2011 — a renda teve rentabilidade de 5,02%, enquanto o fundo de ações, retração de 5,87%. Luz amarela |
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