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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Era batata! Eu conheço essa gente! Ministro da Justiça anuncia campanha em favor do desarmamento


A marcha da estupidez pode ser inexorável! Fazer o quê? Nem por isso precisamos ser igualmente estúpidos e acertar o passo com eles.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou que seu Ministério fará uma campanha nacional em favor do desarmamento. Consta que ela seria feita em julho, mas Dilma pediu para antecipar. Por causa da tragédia no Rio, é claro! Cardozo se sentiu obrigado a falar alguma coisa. E falou:
“Uma situação como essa mostra que precisamos agir”.
Muito sábio!

Ok, por mim, tudo bem! Querem fazer campanha do desarmamento? Tudo certo! É possível que muita gente de bem até entregue as suas armas para serem esmagadas pelos tratores da paz, sob as bênçãos dos “Batas Brancas”. Quem estará mais seguro? Ninguém! Gente boa não mata ninguém, certo? No máximo, tem arma para eventualmente espantar bandidos — e o recomendável é que jamais reaja a assaltos. A máxima segundo a qual “menos armas em circulação segnifica necessariamente menos crimes” é falsa. A verdade é outra: menos bandidos circulando com armas, menos crimes. Nâo é a arma que mata. São as pessoas.

Os bandidos costumam ser refratários aos apelos do Estado para se desarmar, não é mesm. Dilma pede: “Dê aqui a sua arma, companheiro”. E ele não dá! Eu diria até que a canalha deve torcer intimamente para que suas potenciais vítimas acatem a solicitação do governo.

Repito: crimes cometidos por psicopatas nada têm a ver com políticas públicas de segurança. Se tivessem, seria o caso de culpar Sérgio Cabral e Dilma Rousseff. Como não têm, não há o que eles possam fazer. Pode-se aumentar a segurança das escolas para eventualmente intimidar os malucos. Mas sabem como são os malucos…

O governo pode, sim, interferir nos outros números da violência, mas não desarmando gente de bem. O arcabouço teórico que está por trás de uma ação como essa é mais perverso do que parece. No plano filosófico, trata-se de acusar a suposta natureza criminosa da sociedade, que, então, precisaria se converter ao bem. No plano político, trata-se de dizer que a responsabilidade, na verdade é do indivíduo que tem arma em casa e de outros como ele. A Cardozo e Dilma cumpriria esse papel de beatos pedagogos.

Isso, sim, caracteriza uma exploração asquerosa da tragédia!

Por Reinaldo Azevedo





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