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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

#Dilma e o Batman da Bulgária


Boyko Borisov- Foto Jean-Christophe Verhaegen/AFP

Consta que os búlgaros estão tão frenéticos com uma ascensão ao poder de Dilma Rousseff (cujo pai era búlgaro) como os quenianos estavam quando Barack Obama (cujo pai era queniano) venceu as eleições americanos. Será que Dilma e todos nós, que também somos filhos do Brasil, devemos ficar frenéticos com a Bulgária de Pétar Russév, que aportou no Brasil no final dos anos 30?

Pétar Russév (que no Brasil se converteu em Pedro Rousseff) era um advogado filiado ao Partido Comunista da Bulgária. Quando seu “partidão” tomou o poder depois da Segunda Guerra Mundial foi um daqueles pesadelos stalinistas da Europa Oriental. O muro de Berlim caiu e a Bulgária ainda está numa tortuosa transição. É o país mais pobre da União Européia (é para lá, além da Romênia, que o presidente francês Nicolas Sarkozy enxota ciganos).

A Bulgária também é um dos países mais corruptos da Europa, o que contribuiu bastante para a vitória eleitoral no ano passado do atual primeiro-ministro direitista Boyko Borisov, faixa preta de caratê, um sujeito truculento, folclórico e teatral, com as promessas de varrer a corrupção e o crime organizado, doa a quem doer. Mas seu apelido não é Jânio. É Batman.
Nos tempos do comunismo, Borisov chegou a ser bombeiro, mas subiu na vida descendo o braço de forma eclética. Foi guarda-costas do déspota comunista Todor Zhivkov e depois do exilado rei Simeão. Em 2001, na Bulgária democrática, o rei se tornou primeiro-ministro e, como prêmio, Borisov ganhou um alto posto governamental. Houve a passagem pela prefeitura da capital, Sofia, e agora é a chefia do governo.
Existe o estilo “cheguei” no combate à corrrupção, com o risco de muita impunidade governamental para debelar uma cultura de impunidade, que tem como alvo preferencial o pessoal do governo anterior (esquerdista). Operações polliciais recebem codinomes como “polvo” e o noticiário da televisão leva jeito de filme de gangsters. O povo parece que está gostando. Tsvetan Tsvetanov, o ministro do Interior (chefe da polícia), já é mais popular do que Borisov, o faixa preta de caratê. A qualquer hora, sai Sov, entra Nov.









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