Autor(es): Josie Jeronimo | ||||||||
Correio Braziliense - 16/07/2010 | ||||||||
Seguranças de Michel Temer na Casa acompanharam o parlamentar em eventos eleitorais à custa do Congresso. Assessoria afirma que haverá ressarcimento
Manter o deputado Michel Temer no comando da Câmara dos Deputados durante o período eleitoral pode sair caro para a Casa. Como as regras internas não permitem que o presidente da Casa tire licença para disputar eleições, o vice da presidenciável Dilma Rousseff (PT) mantém as prerrogativas do cargo enquanto atua na campanha. Mesmo em agendas políticas, Temer continua usando benefícios como seguranças da Casa e deslocamento em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). Durante o período de convenções partidárias, pelo menos 12 servidores da Câmara viajaram em “missão oficial” para acompanhar Temer em encontros do PMDB. Os servidores, a maioria lotada na Polícia Legislativa, tiveram as passagens e as diárias pagas pela Câmara. Informações do Portal Transparência da Casa mostram que para a convenção do PMDB da Bahia, em 21 de junho, foram deslocados dois servidores a Salvador. Temer participou do evento ao lado de Dilma. Os dois prestigiaram o lançamento da candidatura de Geddel Vieira Lima (PMDB) ao governo do estado. A viagem do vice de Dilma à convenção do PMDB do Mato Grosso mobilizou quatro servidores da Câmara. Em 25 e 26 de junho, os funcionários ficaram à disposição do candidato para prestarem segurança a Temer no evento político de Cuiabá, que selou o lançamento do governador Silval Barbosa (PMDB) à reeleição. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), também foi prestigiado com a presença de Temer, durante a convenção do partido no estado, em 27 de junho. Dois funcionários da Câmara acompanharam o vice de Dilma no evento. Na convenção do PMDB mineiro, Temer e Dilma foram saudar Hélio Costa (PMDB) durante a oficialização de sua candidatura ao governo e quatro servidores foram escalados para fazer segurança do candidato a vice de 29 de junho a 1º de julho. A Câmara exige que funcionários em missão oficial entreguem relatório de atividades informando o trabalho realizado durante o período que estiveram fora. Em nenhuma das viagens feitas pelos servidores para trabalhar durante as convenções do PMDB há relatórios disponíveis no Portal Transparência. Em outras prestações de contas entregues este ano por funcionários da Polícia Legislativa que costumam acompanhar Temer, os servidores informam que as diárias são de R$ 350 e as passagens, em voos de carreira, pagas pela Câmara. Há também casos em que os funcionários a serviço de Temer fazem parte do percurso em aviões da FAB. Conciliação A assessoria de Temer informou que o pagamento das diárias será ressarcido à Câmara assim que o comitê concluir o processo de registro de CNPJ e iniciar arrecadação e gastos de campanha. Ainda segundo a assessoria, Temer solicitou estudo no departamento jurídico da Casa para avaliar se a conciliação do mandato de presidente da Câmara com o cargo de candidato a vice de Dilma poderia ferir a legislação eleitoral, mas, segundo o parecer, não há conflito. Os assessores também fizeram questão de frisar que a segurança dos candidatos é prevista e fica a cargo da Polícia Federal. É uma prática religiosa. Tirada do contexto, pode causar problemas” Marina Silva, sobre o uso do Santo Daime O número 12 Número de servidores que acompanharam Temer em encontros do PMDB no período das convenções, segundo o Portal Transparência Marina refuta preconceitos Daniela Almeida
São Paulo – A senadora licenciada e candidata à Presidência da República Marina Silva (PV) reconheceu, ontem, em sabatina para uma rede de TV, que sente um “estranhamento” das pessoas em relação a sua religião. Marina é evangélica e ao longo de todo o programa teve de enfrentar questões sobre temas polêmicos, como a descriminalização das drogas, aborto e o casamento gay. “Sinto um certo estranhamento das pessoas. Seria hipócrita se dissesse que não tenho sentido isso nesse processo. Eu, que sempre combati o preconceito contra as pessoas”, disse, respondendo a uma pessoa da plateia que perguntou se a senadora enfrentava problemas em sua campanha por ser evangélica. A senadora lembrou ainda que o Brasil é um estado laico e afirmou que, em sua avaliação, um presidente precisa respeitar essa característica. Segundo dados do Instituto Datafolha, os evangélicos são detentores de um quarto do eleitorado brasileiro, contra 61% dos católicos. Marina voltou a afirmar que é contra o casamento gay, mas a favor da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Quanto à adoção por casais homossexuais, Marina afirmou que é favorável ao que os técnicos decidirem, sempre em prol da criança. “Eu não faço aquele jogo de ir às igrejas e dizer uma coisa e ir às comunidades gays e dizer outra”, defendeu. A senadora também reiterou sua posição contrária em relação a aborto e à descriminalização das drogas. A prática religiosa com o uso de alucinógenos, como o Santo Daime, muito comum na Região Amazônica, em estados como o Acre, onde nasceu a senadora, também foi tema da sabatina. “É uma prática religiosa. Tirada do contexto, pode criar problemas”, avaliou Marina. Agronegócio Outra questão colocada em xeque foi o fato de a senadora, forte representante dos ambientalistas, caso eleita, vir a enfrentar a resistência da bancada ruralista no Congresso, uma fatia grande de parlamentares, o que poderia refletir na governabilidade. “Acho que a gente não pode generalizar os agricultores brasileiros como se fossem uma única coisa. Eu quero tratá-los com respeito e chamá-los para o diálogo.” Segundo a candidata, a educação será uma prioridade em seu governo, caso vença a corrida às urnas nas próximas eleições. Não faço aquele jogo de ir às igrejas e dizer uma coisa e ir às comunidades gays e dizer outra” Marina Silva, candidata do PV à Presidência |
sábado, 17 de julho de 2010
Vice sem perder as benesses da Câmara
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