07 de julho de 2010 • 17h15 • atualizado às 17h23
O goleiro Bruno, do Flamengo, se apresentou por volta das 17h desta quarta-feira na Polinter do Andaraí, na zona norte do Rio de Janeiro. O delegado Felipe Ettore afirmou que vai ao encontro do jogador para levá-lo à Divisão de Homicídios (DH), onde ele deve prestar depoimento ainda hoje. Segundo o delegado, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, também se apresentou na Polinter.
Eles serão removidos para fazer exame de corpo de delito no IML e depois, encaminhados à DH. Bruno chegou acompanhado do advogado Michel Assef Filho, do chefe do Setor de Investigações da Polinter, e da delegada Alessandra Wilke, da Delegacia de Homicídios de Contagem, responsável pelo inquérito do desaparecimento de Eliza Samudio, 25 anos, com quem teria um bebê de 4 meses.
De acordo com o delegado, Bruno é o mandante do sequestro de Eliza. "Só o avanço das investigações vão dizer se o sequestro foi para matar a jovem", disse. Segundo o delegado, Eliza foi levada para Minas Gerais, onde foi estrangulada e morta. "A vítima foi arrebatada e teve sua liberdade cerceada. Bruno se aproveitou disso", afirmou.
Na madrugada desta quarta-feira, a Justiça acatou o pedido de prisão temporária de cinco dias expedido contra o jogador.
O caso
Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.
No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade.
Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. A atual mulher do goleiro, Dayane Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayane Souza foi presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade. O bebê foi entregue ao avô materno.
O goleiro do Flamengo e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.
Com informações de O Dia.