Depois de uma tentativa frustrada de visitar o neto, Sean Goldman, nos EUA, a brasileira Silvana Bianchi disse neste domingo de Páscoa (04) que não conseguia conversar por telefone com o menino havia 33 dias. "Estou muito preocupada com a saúde mental de Sean. Estou revoltada porque os direitos dessa criança estão sendo desrespeitados", afirmou, ao desembarcar no Rio.
Segundo ela, o pai de Sean, o americano David Goldman, argumentou que o reencontro não seria pertinente, tese apoiada por uma corte federal de Nova Jersey, na quinta-feira (1º). A devolução do garoto ao pai foi determinada em dezembro pelo STF.
O advogado de Bianchi, Sérgio Tostes, disse que usará veto à visita como argumento na ação no STF e que pedia que o menino fosse ouvido.
Sean, 9, nasceu nos Estados Unidos e aos 4 anos veio com a mãe, Bruna Bianchi Goldman, passar férias no Rio. Dias depois da chegada, Bruna comunicou a David que pedira o divórcio pelas leis brasileiras. Casou-se, pouco depois, com o advogado João Paulo Lins e Silva e em 2008 morreu durante o parto da filha.
Em dezembro, David Goldman obteve a guarda do filho, por decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes. Às vésperas do Natal, pai e filho viajaram para Nova Jersey, em avião fretado por uma rede de televisão dos Estados Unidos. (Da Folha de S. Paulo)