Publicada em 22/03/2010 às 23h56m
O GloboBRASÍLIA - O governo federal se recusou a fornecer a lista dos nomes dos amigos de Fábio Luiz Lula da Silva, filho do presidente Lula, que pegaram carona num voo da Força Aérea Brasileira (FAB), em 9 de outubro de 2009 . Lulinha, como Fábio é conhecido, também estava no Boeing 737, o Sucatinha, no trecho de São Paulo a Brasília. Em resposta a um pedido de informações do deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, não enviou a relação, nem quantos eram os "passageiros da Presidência da República", como foi tratado o grupo de Fábio.
A resposta do ministro listou os nomes da tripulação do avião naquele dia (23 militares) e o do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, autoridade que usou o Sucatinha na ocasião. Para não informar os nomes dos demais passageiros, Jobim recorreu a um decreto de maio de 2002, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que regulamenta o transporte de autoridades. Jobim afirma, no ofício à Câmara, que compete às autoridades apoiadas (Meirelles, no caso) informações sobre o destino, os horários e o número de passageiros. O decreto não proíbe a revelação das identidades dos passageiros.
A assessoria do Banco Central informou, na ocasião, que somente soube da presença dos amigos do filho do presidente no momento do embarque.