Material foi produzido a pedido do Ministério Público
Foto: Raphael Falavigna/Terra
Rua Poetisa Colombina, 12 | |
As maquetes do edifício London, na zona norte de São Paulo, de onde Isabella teria sido jogada, chegaram por volta das 19h30 desta segunda-feira ao Fórum de Santana. O material, elaborado a pedido do Ministério Público para uma empresa especializada na confecção de maquetes, será utilizado pelo promotor Francisco Cembranelli para tentar convencer os jurados da culpa do casal Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni no crime.
Praticamente no mesmo momento da chegada das maquetes - uma do edifício e outra do apartamento -, a mãe da menina, a bancária Ana Carolina de Oliveira, começou a ser ouvida na sala do Júri. Sem algemas, o casal Nardoni acompanha a oitiva de Ana de dentro do Plenário, no local destinado para os réus. Ela é a primeira testemunha a prestar depoimento.
Ana Carolina disse em depoimento anterior à Justiça acreditar na culpa do casal e que Anna Carolina Jatobá, mulher de Nardoni, tinha ciúmes dela e de sua filha. A bancária namorou com Alexandre por três anos. Os dois nunca se casaram e nem moraram juntos.
O julgamento do casal Nardoni, acusado de matar Isabella em março de 2008, começou às 14h17 desta segunda-feira com o sorteio dos jurados no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo. O início estava previsto para as 13h. Dezenas de pessoas, entre jornalistas, estudantes, curiosos e manifestantes pedindo justiça, acompanham o caso que comoveu a opinião pública nacional do lado de fora do tribunal.
O caso
O julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá começou em 22 de março e deve durar cinco dias. O júri popular ouve 16 testemunhas , sendo 11 arroladas pela defesa, três compartilhadas entre advogados do casal e acusação e duas do Ministério Público. Seis foram dispensadas pela defesa ainda no primeiro dia e uma, pela acusação.
Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada ferida no jardim do prédio onde moravam o pai e a madrasta, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Segundo a polícia, ela foi agredida, asfixiada, jogada do sexto andar do edifício e morreu após socorro médico. O pai e a madrasta foram os únicos indiciados, mas sempre negaram as acusações e alegam que o crime foi cometido por uma terceira pessoa que invadiu o apartamento.