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terça-feira, 23 de março de 2010

Defesa quer confrontar mãe e pai de Isabella no julgamento

da Folha Online

O advogado Roberto Podval, que defende o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados pela morte da menina Isabella, 5 --filha de Alexandre--, disse na noite desta segunda-feira (22) que deve pedir uma acareação entre Alexandre e a mãe da menina, Ana Carolina de Oliveira, durante o julgamento.



A acareação foi a justificativa do advogado para o pedido de que Ana Carolina fosse mantida à disposição da Justiça. "Durante o júri pode acontecer de ter uma contradição entre o que diz o Alexandre e a Anna Carolina e o quer diz ela, e aí eu vou precisar usá-la, vou precisar ouvi-la novamente. Se eu dispenso, eu não ouço."

Já o promotor de Justiça Francisco Cembranelli, responsável pela acusação, afirmou que a atitude do advogado foi desumana, devido à fragilidade psicológica de Ana Carolina, que chorou novamente ao deixar o plenário.

"A Ana Carolina, além de perder a filha, ainda vai ser privada de assistir ao julgamento", disse. Assim como os jurados, as testemunhas que não são dispensadas pelo juiz devem permanecer em instalações da Justiça.

Para Podval, usaram a mãe de Isabella apenas para trazer emoção ao julgamento. "Eu não a chamei, eu poupei a mãe no que pude, ela não é minha testemunha. A acusação a arrola, deixa ela chorando ali, e depois eu é que sou cruel porque não a dispensei?", questiona.

Nesta terça-feira, o júri será retomado com o depoimento de mais testemunhas --os réus serão interrogados após os depoimentos. A expectativa é que o júri termine no final desta semana.


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