Os valores ainda não estão confirmados pelo Instituto de Metereologia, mas os dados das estimativas são arrasadores: "No Pico do Arieiro, os valores recolhidos foram de 185 litros por metro quadrado", diz ao DN Costa Alves. O meteorologista diz que nunca se viu coisa assim em Portugal. "Lembro-me de alguns registos até 120 litros, mas nada deste género".
Foi, portanto, um dilúvio sem paralelo em Portugal aquele que se abateu sobre a Madeira e já levou a vida a, pelo menos, 32 pessoas - o número é o possível de apurar até ao momento face às dificuldades no terreno (casas destruídas, carros levados pelas enxurradas, estradas apagadas do mapa, etc), mas há algum receio de que possa aumentar consideravelmente.
Só para se ter uma ideia da intensidade da chuva, Costa Alves fala da concentração da precipitação num curto espaço de tempo. "No Pico do Arieiro, recolheu-se o valor de 60 litros só entre as 10.00 e as 11.00 da manhã. E 30 entre as 11.00 e as 12.00". Ou seja, foi ao final da manhã que o céu se abateu sobre a Madeira.
Fazendo um paralelo com uma catástrofe de causas semelhantes, lembre-se o caso de Beja, em 1997. Na altura, registaram-se valores de precipitação de 112 litros por metro quadrado (numa aldeia das cercanias da capital do distrito). Então, morreram 13 pessoas.
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Sulamérica Trânsito
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