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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

RAÚL CASTRO: SÓ UM TIRANO, HOMICIDA E MENTIROSO




quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010 |

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Ditadores provocam asco em mim, sensação física de nojo mesmo. A simples suposição de que um vagabundo possa, ao arrepio da lei ou baseado numa lei discricionária, dizer o que posso ou não fazer mexe com a minha estabilidade estomacal. Pode ser de direita, de esquerda ou só um populista pançudo.

Vejam a foto acima, de André Dusek, da Agência Estado. Esse anão com óculos típicos dos antigos agentes do Dops, aqui no Brasil, é Raul Castro, o ditador de Cuba. Quem o vê assim não imagina tratar-se de um homicida contumaz, o braço mais assassino da ditadura cubana. Aquele ao lado é Lula, que resolveu se vestir à moda da casa para honrar o anfitrião do necrotério.

É conversa mole aquela história de que, no passado, Fidel era apenas um cristão muito justo, convertido por necessidade ao socialismo. Isso é parte da mitologia esquerdopata para tentar atribuir aos EUA, que não teriam sabido compreendê-lo, a real responsabilidade por Cuba ter-se tornado o que se tornou. O que é verdade, aí sim, é que Raúl sempre foi mais ortodoxamente obtuso do que o próprio Fidel. E sempre gostou de matar pessoalmente as suas vítimas.

Lula foi lá prestar mesuras a um regime assassino, responsável pela morte de 100 mil pessoas 17 mil executadas (a conta está no Livro Negro do Comunismo) e outras 83 mil que morreram, pasmem!, afogadas no mar. Tentavam deixar a ilha, o que é proibido.

Raúl falou sobre a morte - na prática, mais um assassinato - do dissidente Orlando Zapata Tamayo, de que tratei nesta madrugada. Leiam o que informa o Estadão Online. Volto em seguida:

Raúl conversou com jornalistas durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado de quem inaugurou obras no país. “Lamentamos muitíssimo (a morte). Isso é resultado dessa relação com os Estados Unidos”, disse Castro, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que visita Cuba. Castro disse ainda que muitos outros cubanos também haviam morrido vítimas do que chamou de “terrorismo de Estado”, que seria, segundo ele, praticado pelo governo americano.

O líder cubano disse também que nunca assassinou ninguém. “Não assassinamos ninguém, aqui ninguém foi torturado, mas sim na (vizinha, de posse americana) base de Guantánamo, não em nosso território.” Ele disse ainda que está disposto a discutir com o governo americano “todos os problemas que eles tiverem”. “Repito três vezes, todos, todos, todos. Mas não aceitamos se não for em absoluta igualdade.”

Castro criticou ainda a imprensa que “só publica o que os donos querem”. “Aqui não há uma máxima liberdade de expressão, mas se os Estados Unidos nos deixarem em paz, poderá haver”, disse. A chancelaria cubana também lamentou a morte do ativista em comunicado. “O presidente Raúl Castro lamentou a morte do preso cubano Orlando Zapata Tamayo, morto ontem depois de entrar em uma greve de fome”, diz o texto.

Comento
Entenderam? Tamayo entrou em greve de fome porque fora condenado a mais de 30 anos de cadeia por defender os direitos humanos em Cuba. Não há contra ele nem mesmo aquelas acusações canalhas que Cuba costuma fazer de “terrorismo” contra os dissidentes. Nem isso. Não há nada. Mais: seu sistema renal entrou em falência porque lhe negaram água na cadeia. Culpa de quem? Ora, dos americanos. E o que dizer desta frase: “Aqui não há uma máxima liberdade de expressão, mas se os Estados Unidos nos deixarem em paz, poderá haver”. Lula deve ter achado o máximo.

Eis o homem que o brasileiro foi adular. De Raúl, o presidente brasileiro não cobra nada. Saúda a entrada do homicida na tal Comunidade dos Países da América Latina e Caribe. Já da democrática Honduras, Lula exige a volta do golpista Manuel Zelaya. Quem se junta com assassinos e sanguinários se torna co-responsável por seus crimes.

E só para encerrar: Raúl matou tanta gente que já não se lembra. Virou coisa banal Aqui vai uma foto em que ele, serenamente, venda um preso imobilizado momentos antes de fuzilá-lo. Eis o homem que diz nunca ter matado ninguém.

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