A saída da delegação francesa foi confirmada por fonte diplomática francesa.

O discurso do Presidente iraniano foi "inaceitável", declarou um diplomata francês, precisando que teve lugar uma concertação entre Europeus para decidir sobre uma eventual saída da sala.

Os Estados Unidos também deixaram a sala, indicou fonte diplomática norte-americana.

"É decepcionante que Ahmadinejad tenha escolhido uma vez mais recorrer a uma retórica odiosa, insultuosa e anti-semita", declarou num comunicado Marco Kornblau, porta-voz da missão norte-americana junto da O.N.U.

O Canadá já tinha anunciado que boicotaria o discurso.

Durante o seu discurso, o Presidente iraniano fez uma longa acusação contra o estado actual do Mundo, dirigindo ataques verbais, geralmente indirectos, contra os Estados Unidos e os judeus.

"Não é mais aceitável que uma pequena minoria domine a política, a economia e a cultura numa grande parte do Mundo, graças às suas redes sofisticadas, instaure uma nova forma de escravidão e prejudique a reputação de outras nações, incluindo nações europeias e os Estados Unidos, para atingir os seus objectivos racistas", disse Ahmadinejad.

Numa alusão aos Estados Unidos e às suas intervenções no Iraque e Afeganistão, o presidente iraniano considerou não ser "aceitável enviar tropas para fazer a guerra e espalhar o sangue, o terror e a intimidação".

Segundo um diplomata europeu, para além dos Estados Unidos e a França, os países que abandonaram a sala da Assembleia foram pelo menos uma dúzia.

Entre eles, segundo o mesmo diplomata, figurou a Grã-Bretanha, Itália, Alemanha, Dinamarca, Hungria, Argentina, Costa Rica, Uruguai, Nova Zelândia e Austrália.

lusa