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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ahmadinejad baixa tom de críticas na ONU; EUA deixam plenário durante discurso



da Folha Online

Atualizado em 24/09/2009 às 01h31.

Em discurso na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, repetiu nesta quarta-feira, em termos mais suaves que de costume, suas visões de um mundo que precisa de reestruturação e apelos pela criação de um Estado palestino, e disse que seu país está pronto para apertar as mãos "que são honestamente estendidas" em sua direção, em uma referência aos termos utilizados pelo presidente americano, Barack Obama no início de seu mandato.

Várias delegações, incluindo a francesa e a americana, abandonaram o plenário da ONU antes do início do discurso do presidente iraniano. Uma semana após a posse, em janeiro, o presidente disse que os EUA estavam dispostos a "estender a mão" ao Irã, desde que o país estivesse disposto a "descerrar o punho", mas desde então a tensão com Teerã aumentou devido a desconfianças ocidentais em relação ao programa nuclear iraniano.

À assembleia da ONU, Ahmadinejad afirmou que o Irã está comprometido em participar da construção de uma paz mundial duradoura e de segurança para todas as nações, defendendo direitos legítimos e legais do seu país. Esta pareceu ser uma alusão ao programa nuclear, que não foi mencionado em seu discurso. O presidente iraniano disse, no entanto, que era necessário um desarmamento nuclear em todo o mundo.

Ahmadinejad retratou seu país como um defensor dos países pobres e em desenvolvimento, atacou o capitalismo desenfreado que ele disse que chegou ao fim e vai sofrer o mesmo destino que o marxismo.

"Não é mais aceitável que uma pequena minoria possa dominar a política, a economia e a cultura em grande parte do mundo, com suas complicadas redes, e estabelecer uma nova forma de escravidão, ferir a reputação de outras nações, mesmo nações europeias e os Estados Unidos, para manter suas ambições racistas", disse.

Ele voltou a criticar as guerras do Iraque e do Afeganistão e a ocupação de territórios palestinos por Israel, país que recebeu os comentários mais duros, mas menos inflamados que os de costume.

"Como podem crimes dos ocupantes contra mulheres e crianças indefesas e a destruição de suas casas, plantações, hospitais e escolas serem apoiados incondicionalmente por certos governos?", questionou o presidente iraniano.

O discurso teve um tom geral mais moderado que os dos pronunciamentos frequentemente veementes de Ahmadinejad, em contraste com o pronunciado no ano passado da Assembleia Geral. Ele encerrou a fala com referências ao desejo de perfeição do homem, inspirado por Deus, e menções à religião islâmica e a Jesus, conforme retratado no Corão.

Antes do discurso, várias pessoas se manifestaram em Nova York, sede da ONU, contra Ahmadinejad.

Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve um encontro com Ahmadinejad em Nova York, disse que o Irã tem os mesmos direitos que o Brasil ou qualquer outro país em seu uso da energia nuclear para fins pacíficos.

Segundo Lula, Ahmadinejad garantiu a ele que o programa nuclear iraniano tem fins exclusivamente pacíficos. Lula disse que não tinha razão para duvidar do presidente iraniano.

Após a reunião, o presidente brasileiro chamou o Irã de parceiro de "grande parceiro" e defendeu o direito do Brasil de definir sua própria política externa.

Lula foi o principal líder ocidental a defender a reeleição de Ahmadinejad, em junho, em meio a denúncias de fraudes eleitorais.

Em seu discurso na ONU, Ahmadinejad defendeu sua eleição, que foi seguida por protestos em todo o país, reprimidos com violência pelo governo e por milícias islâmicas fieis a ele.

"Nossa nação passou por uma eleição gloriosa e totalmente democrática, abrindo um novo capítulo para nosso país na marcha em direção ao progresso nacional e a interações internacionais aprimoradas", disse ele, acrescentando que os eleitores iranianos "confiaram em mim mais uma vez com uma ampla maioria".








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