Publicação: 24-09-2009 07:19 | Última actualização: 24-09-2009 07:20
Alguns empresários luso-venezuelanos, proprietários de fábricas, foram quarta-feira contactos telefonicamente por alegados membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) que lhes exigiram grandes somas de dinheiro para não serem sequestrados.
A saga da Colômbia
Grupos armados, reféns, narcotráfico
"Foram vários os telefonemas, alguns deles em tom exigente, pretendendo o pagamento de 600 mil bolívares fortes (190 mil euros) que seriam usados para comprar dois camiões para as FARC", começou por explicar um dos contactados à Agência Lusa.
Solicitando o anonimato por temor de represálias, o luso-venezuelano explicou que foi advertido telefonicamente de que "sabiam onde vivia", conheciam os movimentos da sua família e que, com a "contribuição", ficava com a garantia de que ninguém da sua família seria sequestrado.
Os telefonemas abrangeram proprietários de quatro fábricas no Estado venezuelano de Arágua, 100 quilómetros a Leste de Caracas, e, num dos casos, um dos empregados que atendeu o primeiro telefonema teve que receber cuidados médicos.
Pelo menos um dos empresários apresentou queixa na Divisão Anti-Sequestro do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas.
Segundo fontes comunitárias, pelos menos 120 luso-venezuelanos foram sequestrados na Venezuela desde Janeiro.
lusa
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