Morreu na noite desta quinta-feira (19) o empresário Girsz Aronson, 91, que ficou conhecido como o "rei do varejo" em São Paulo com a venda de eletrodomésticos. Ele estava internado desde fevereiro no hospital SírioLibanês, por causa de um linfoma [câncer no sistema linfático].
O dono da rede G. Aronson descobriu que sofria de um câncer em novembro do ano passado. Ele ficou internado por três meses no hospital Oswaldo Cruz, até ser transferido para o SírioLibanês, onde recebeu o diagnóstico da doença.
A morte ocorreu às 20h, depois de ficar dois dias inconsciente.
Nascido em 18 de janeiro 1917, o russo de origem judaica construiu um império de lojas que chegou a contar com 34 unidades no Estado, e um faturamento de R$ 250 milhões por ano.
Ele chegou ao Brasil com 2 anos e começou no comércio aos 12, vendendo bilhetes de loteria em Curitiba (PR), onde morava com a mãe --viúva-- e os irmãos. A fama veio quando Aronson vendeu um bilhete premiado e recebeu do apostador parte do dinheiro.
Em 1944, uma empresa de casacos de pele do Rio o convidou para ser representante de vendas em São Paulo. Foi naquele ano que ele abriu a empresa G. Aronson. Chegou a vender 170 casacos em um mês, comprou um Dodge, carro cobiçado da época, e expandiu os negócios (bolsas de crocodilo).
Nos anos 60, criou a Gurilândia, especializada em artigos infantis. A rede G. Aronson começou a se expandir nos anos 70, após comprar uma loja de fogões em dificuldade financeira. Em junho de 1999, a G. Aronson faliu, com dívidas de R$ 65 milhões. Na época, o comerciante culpou a explosão da inadimplência e a redução do poder de consumo da população.
No dia 17 de setembro de 1998, o dono da G. Aronson foi vítima de um seqüestro dentro de sua empresa. Passou 14 dias no cativeiro e só foi solto, à noite, na rodovia Castelo Branco, sob chuva, após o pagamento de um resgate de R$ 117 mil. No cativeiro, chegou a quebrar o nariz e sofrer hematomas. O caso teve repercussão nacional.
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