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ANA CAROLINA MORENO
DE SÃO PAULO
A Prefeitura de São Paulo fechou nesta sexta-feira a Feira da Madrugada, que reúne ambulantes no bairro do Pari, na região central da cidade. A operação contou com 600 agentes, entre funcionários municipais --da Guarda Civil Metropolitana e do Gabinete de Gestão Integrada--, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal, Receita Federal e Procon.
De acordo com o secretário municipal de Segurança Urbana, Edsom Ortega, ainda não há estatísticas sobre a operação, que deve durar vários dias e não tem previsão de término.
"Os primeiros dias [de fiscalização] vão nos dar uma sinalização de quantos dias mais levaremos para concluir a primeira etapa", afirmou.
Segundo ele, a feira ficará fechada com escolta policial para controlar a entrada dos comerciantes. Cada loja será fiscalizada. Enquanto isso, os ônibus de varejistas que vêm a São Paulo para fazer compras no bairro serão desviados para o Anhembi e só poderão visitar as lojas do Brás que funcionam em horário regular de comércio.
As lojas serão abertas gradualmente à medida que a fiscalização libere os comerciantes regulares para atuar. A liberação, segundo Ortega, será feita em conjunto com o Grupo Executivo de Coordenação da feira.
ILEGAIS
O secretário estimou que 50% dos 2.897 comércios --segundo contagem feita pela prefeitura-- estão em situação irregular. A operação foi preparada durante dois meses e contou com dezenas de agentes que se trabalharam à paisana para coletar dados sobre os ambulantes.
Entre os problemas apontados estão a venda de produtos de origem desconhecida, a venda de produtos de marca falsificados e a presença de trabalhadores estrangeiros sem documentação.
A operação teve início entre 15h e 16h desta sexta-feira, no horário de fechamento do local. A Feira funciona em um pátio das 2h da madrugada até meados da tarde. Ela migrou para o Pari há cerca de cinco anos. Antes, acontecia na rua 25 de março, também no centro da capital paulista.
Augusto Rossi, que organiza excursões de Santa Catarina para o local, afirmou que os ocupantes do ônibus onde ele estava foram questionados pelos agentes, que buscavam imigrantes ilegais. Ortega negou que tenha impedido os ônibus de deixar o local.
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