Amigos, o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), já enroladíssimo por suas estreitas ligações de amizade com empreiteiros com interesse em obras estaduais, fez de bobo a quem imaginou que ele realmente desejava um código de ética para sua administração.
O meu amigo Ricardo Noblat, em seu blog, chegou a pedir sugestões de seus leitores em todo o Brasil para que o governador não pudesse se queixar de falta de material.
Mas, ora vejam, não é que o homem, que está se separando da esposa, a advogada Adriana Anselmo, deixa a casa da família e vai para o apartamento de um… grande banqueiro?
A assessoria de Cabral respondeu que o empresário generoso, Guilherme Paes, um dos diretores do banco de investimentos BTG Pactual e irmão do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), tem “zero negócios” com o governo do Estado. (O Palácio Laranjeiras, residência oficial dos governadores do Rio, estava em reformas).
Mas me digam uma coisa, amigos: no lugar de Cabral, a quem não faltam dores de cabeça, vocês fariam isso?
Ou optariam por um hotel, a casa do pai – no caso, o jornalista e grande especialista em música popular Sérgio Cabral –, de um irmão? Por que não o bom e velho flat?
Bem, diante da péssima repercussão, o governador fez operar o milagre de passar por cima da reforma dos Laranjeiras e foi correndo morar lá, deixando o apartamento caríssimo do banqueiro na supernobre avenida Delfim Moreira, no Leblon.
O prejuízo político, porém, acabou assestando mais um golpe no prestígio de Cabral.
O que é que custaria ao governador do Rio ter evitado mais confusão?
Me expliquem, que eu quero entender.
Coluna do
Ricardo Setti
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