Rui Falcão afirma que ministro já apresentou explicações sobre evolução patrimonial e que episódio não abala sua credibilidade dentro do governo
BRASÍLIA - O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), afirmou nesta quarta-feira, 18, em Brasília que a polêmica em torno do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, está encerrada. "Ele já prestou contas nos órgãos cabíveis e não houve nenhuma iniciativa que partisse do PSDB para convocá-lo a dar explicações ao Congresso", completou o petista, ao destacar que o partido não está preocupado com o futuro do ministro, sobretudo depois das declarações de líderes da oposição, entre os quais o senador Aécio Neves. O PSDB contesta as declarações de que não tomou iniciativas sobre o caso.
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Reportagem publicada na edição do último domingo do jornal Folha de S.Paulo revelou que Palocci comprou um apartamento de luxo no bairro dos Jardins, em São Paulo, por R$ 6,6 milhões, registrado no final de 2010 em nome da empresa de consultoria Projeto, da qual o ministro possui 99,9% do capital.
Para o presidente do PT, no entanto, "o que é essencial é que todos os bens do ministro estão declarados no Imposto de Renda, assim como suas atividades empresariais foram relatadas ao Conselho de Ética da Presidência da República". Falcão disse não ter dúvidas de que o episódio "não abala de maneira nenhuma, em absoluto, a credibilidade do ministro". Em defesa de Palocci, ele avaliou que "nenhum tipo de suspeição pesa sobre o ministro e, com isto, não há nada que possa abalar a imagem de Palocci".
Oposição. O PSDB contesta as declarações do presidente do PT de que os tucanos não tomaram a iniciativa de convocar Palocci a dar explicações ao Congresso. A liderança do PSDB afirmou que na manhã desta quarta-feira, 18, o deputado Wanderley Macris (PSDB-SP) apresentou um requerimento na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, convidando Palocci a dar esclarecimentos sobre a movimentação da empresa de consultoria Projeto. Como as Comissões foram suspensas, em manobra do governo para evitar mais desgaste ao ministro, a sessão foi cancelada. Só por isso, dizem os tucanos, não houve votação.
Diante do cancelamento, o PSDB recorreu ao plenário, com um requerimento para que o ministro fosse convocado a dar explicações ao conjunto da Casa. A proposta dos tucanos foi rejeitada.
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