Pediatra vai avaliar se criança está sendo alimentada com leite materno.
Menino já chegou a ser levado para um abrigo por ordem judicial.
De acordo com o Tribunal de Justiça (TJ), depois de ser doado pela mãe a um casal adotivo, o menino foi levado para um abrigo por ordem judicial. Mas uma liminar do TJ fez com que o bebê voltasse para o casal com o argumento de que estava sendo amamentado. Ainda de acordo com o TJ, a decisão é temporária, de caráter urgente, até a decisão final.
Na tarde desta terça-feira (17), a mãe adotiva realizou um exame no Hospital Alzira Velano para constatar que está produzindo leite. O Ministério Público quer saber se ela está realmente em fase de aleitamento. A mulher deu à luz um bebê que morreu em dezembro do ano passado e por isso ainda conseguiria amamentar.
A Justiça determinou que uma perícia médica fosse feita e um pediatra vai avaliar se a mãe vem tomando medicamentos para produzir leite e, também, se o bebê está se alimentando exclusivamente do leite materno. Ainda conforme a determinação, os relatórios médicos deverão ser apresentados de 15 em 15 dias.
Na chegada ao hospital, a mulher mostrou-se tranquila em passar pelo procedimento. “Estou muito confiante porque é a verdade. Ele amamenta mesmo, não tenho nada que esconder”, afirmou a mãe adotiva.
Para a advogada da família, Vilma da Silva Batista, a única preocupação é com a saúde do bebê, que poderia contrair doenças se ficar tantas vezes exposto ao ambiente hospitalar. “Ela tem o leite materno, podem examiná-la. Em relação ao recém-nascido, trata-se de um bebê com menos de dois meses de idade. Com isso a maturação do sistema imunológico é lenta e se ele ficar exposto a ambientes de riscos, ele pode contrair doenças”, diz.
Através da assessoria, a juíza Adriani Garcia informou por telefone que não irá se pronunciar sobre o caso, porque ele corre em segredo de justiça e envolve um menor. O laudo que irá comprovar ou não se a mãe adotiva está amamentando o bebê de maneira natural deve sair até a próxima quinta-feira (19).
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