Candidata diz que não aceitará ser julgada com base em acusação a filho de ex-assessora
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, tentou evitar a ligação de seu nome com as denúncias sobre a participação da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, com o filho, Israel Guerra, em um suposto esquema de tráfico de influência em prol de empresas privadas.
Questionada sobre o tema no debate da Rede TV! ontem, a petista disse que a denúncia é contra o filho de Erenice, embora a reportagem da revistaVeja tenha afirmado que Erenice se encontrou com empresários. "Não concordo, não vou aceitar que se julgue a minha pessoa baseado no que aconteceu com o filho de uma ex-assessora minha." O candidato tucano, José Serra, explorou o assunto, ligando o escândalo à campanha de Dilma. A quebra do sigilo fiscal de tucanos e da filha de Serra também foi mencionada pelo candidato.
Segundo aVeja, Israel facilitou a concessão de um contrato de R$ 84 milhões dos Correios para um empresário do setor aéreo com negócios com os Correios. Chamada de "taxa de sucesso", a propina teria sido de R$ 5 milhões.
O tráfico de influência teria ocorrido em abril do ano passado, quando a Casa Civil era comandada por Dilma, e Erenice era secretária-executiva. No debate, a jornalista Renata Loprete perguntou a Dilma se ela colocaria a mão no fogo por Erenice. "Eu tenho, até hoje, a maior e a melhor impressão sobre a ministra", respondeu a petista.
A denúncia diz que o empresário Fábio Baracat, dono de empresa de transporte de carga aérea, usou a Capital Assessoria e Consultoria para ampliar seus contratos com os Correios. A Capital tem como um dos sócios Saulo Guerra, outro filho da ministra, reconheceu Israel.
No sábado, Erenice chamou a reportagem de "caluniosa" e pôs seu sigilo bancário à disposição. Israel também negou ter feito tráfico de influência.
Oposição pede a saída de ministra
Marqueteiros de Serra (Luiz Gonzales, à esq.) e de Dilma (João Santana) batem boca durante intervalo
Marlene Bergamo/Folhapress
(da redação)
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Dilma diz, em debate na TV, que confiou em Erenice até hoje
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POLITICA
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