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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Aurélio Buarque de Holanda será homenageado dia 16



09/09/2010 - 14:49 - ASCOM/SEEE
Aurélio Buarque de Holanda será homenageado dia 16

No próximo dia 16, o Estado de Alagoas promove as comemorações dos seus 193 anos de emancipação política. A programação tem início às 8h, no Largo das Bandeiras, em frente ao Palácio Marechal Floriano Peixoto/Museu da Cultura de Alagoas, oportunidade em que centenas de alunos e dirigentes de escolas estaduais em todos os municípios alagoanos assistirão a solenidade de hasteamento das bandeiras. Em seguida, haverá a visita ao museu, onde a comunidade poderá observar o acervo literário de Aurélio Buarque de Holanda, o alagoano homenageado este ano no desfile cívico.

Às 15h, horário previsto para o início do desfile que reunirá cerca de 4 mil participantes na Praia da Avenida, o evento fará homenagens ao lexicógrafo “Aurélio Buarque de Holanda – O Caçador de Palavras” e contará com participação de escolas de todas as Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), escolas municipais e da rede particular, além de uma ONG do Benedito Bentes. A concentração do desfile será às 13h, entre o Clube Fênix Alagoana e a TIM Celular, com percurso até o estacionamento de Jaraguá.

Segundo a superintendente de Gestão da Rede Estadual de Ensino, Marta Palmeira, haverá uma mudança de perspectiva e de estilo nas vestimentas dos participantes do desfile. “Nossos estudantes estarão usando uma camiseta em alusão a Aurélio Buarque de Holanda. Teremos representantes de todas as regiões do Estado”, garante.

Palmeira destaca ainda que, na oportunidade, haverá um pelotão de honra da cidade de Passo de Camaragibe, cidade natal do homenageado do desfile. “Este pelotão irá retratar a homenagem que a cidade fez a Aurélio em função do seu centenário. A vida e a obra deste ilustre alagoano estarão na avenida”, assegura.

De acordo com Suely Cavalcante, integrante da Comissão do Centenário Aurélio Buarque de Holanda, cada pelotão que irá participar do desfile trará, em média, 100 alunos e virá acompanhado de uma banda fanfarra com mais 120 componentes. “Teremos 12 bandas fanfarras [rede estadual, municipal, particular e de uma ONG do Benedito Bentes]. Haverá também os pelotões convidados da Escola Floriano Peixoto, Escola Marista de Champagnat, Escola Maria José Omena e Banda Fanfarra da Barra de Santo Antônio”, revela.

Suely conta que a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE) escolheu homenagear este ilustre alagoano como forma de reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelo crítico, lexicógrafo, filólogo, professor, tradutor e ensaísta brasileiro Aurélio Buarque de Holanda.

O desfile será aberto com uma queima de fogos. Em seguida, acontecerá a execução do Hino de Alagoas, letra de Luiz Mesquita e música de Benedito Silva. Este momento será regido pelos maestros capitão Marcos e o tenente Ailson Melo, da Banda do Corpo de Bombeiros de Alagoas.
O homenageado – Foi crítico, lexicógrafo, filólogo, professor, tradutor e ensaísta brasileiro. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira nasceu em Passo de Camaragibe, Alagoas, em 3 de maio de 1910 e faleceu em 28 de fevereiro de 1989, na cidade do Rio de Janeiro.

Em 1923, mudou-se para Maceió, onde, aos 14 anos de idade, começou a dar aulas particulares de português. Aos 15, ingressou efetivamente no magistério e foi convidado pelo Ginásio Primeiro de Março a lecionar em seu curso primário.

Já naquela época passou a se interessar por língua e literatura portuguesas. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife em 1936. Nesse mesmo ano, tornou-se professor de Língua Portuguesa e Francesa e de Literatura no Colégio Estadual de Alagoas. Em 1937 e 1938, assumiu o cargo de diretor da Biblioteca Municipal de Maceió.

Em 1938, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde continuou sua carreira de magistério ensinando Língua Portuguesa e Literatura Brasileira no Colégio Pedro II e no então Colégio Anglo-Americano. Aurélio Buarque de Holanda também publicou artigos, contos e crônicas na imprensa carioca. De 1939 a 1943, atuou como secretário da Revista do Brasil.

Em 1941, deu início a seu trabalho de lexicógrafo, colaborando com o Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa. Em 1942, lançou o livro de contos Dois Mundos, que foi premiado dois anos depois pela Academia Brasileira de Letras.

No ano seguinte, trabalhou no Dicionário Enciclopédico do Instituto Nacional do Livro. Em 1945, publicou o ensaio “Linguagem e Estilo de Eça de Queirós”. Nesse mesmo ano, participou do I Congresso Brasileiro de Escritores, em São Paulo, e lançou, juntamente com Paulo Rónai, o primeiro dos cinco volumes da Coleção Mar de Histórias, uma antologia de contos da literatura universal. Ainda em 1945, casou-se com Marina Baird, com quem teve dois filhos, Aurélio e Marisa Luísa, e cinco netos.

Entre 1947 e 1960, produziu textos para a seção O Conto da Semana, do suplemento literário do Diário de Notícias. A partir de 1950, começou a escrever para a revista Seleções, do Reader’s Digest, na seção Enriqueça o Seu Vocabulário. Oito anos depois, reuniu todos os artigos que produziu para essa seção, publicando-os em um livro com o mesmo título.

De 1954 a 1955, lecionou Estudos Brasileiros na Universidade Autônoma do México, contratado pelo Ministério das Relações Exteriores. Em 1961, foi eleito para a cadeira n.º 30 da Academia Brasileira de Letras, anteriormente ocupada por Antônio Austregésilo de Athayde.

A preocupação com a língua portuguesa e o amor pelas palavras levou-o a estudar e pesquisar o idioma durante muitos anos com o objetivo de lançar seu próprio dicionário. Finalmente, em 1975, foi publicado o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, conhecido como Dicionário Aurélio ou somente Aurelião. Em 1977, publicou o Minidicionário da Língua Portuguesa, que também é chamado de Miniaurélio.

Em 1989, lançou o Dicionário Aurélio Infantil da Língua Portuguesa, com ilustrações do Ziraldo. O autor também traduziu várias obras, como Poemas de Amor, de Amaru; Pequenos Poemas em Prova, de Charles Baudelaire; e os contos para a coleção Mar de Histórias.

Aurélio Buarque de Holanda foi membro da Associação Brasileira de Escritores na seção do Rio de Janeiro (de 1944 a 1949), da Academia Brasileira de Filologia, do Pen Clube do Brasil (Centro Brasileiro da Associação Internacional dos Escritores), da Comissão Nacional do Folclore, da Academia Alagoana de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas e da Hispanic Society of America.

Obras – Dois Mundos (contos, 1942); ensaio “Linguagem e estilo de Eça de Queirós”, publicado no Livro do Centenário de Eça de Queirós (1945); Mar de Histórias [antologia de contos da literatura universal, em colaboração com Paulo Rónai — volume I (1945), volume II (1951), volume III (1958), volume IV (1963) e volume V (1981)].

Lançou também Contos Gauchescos e Lendas do Sul (edição comentada do texto de Simões Lopes Neto, 1949); O Romance Brasileiro de 1752 a 1930 (1952); Roteiro Literário do Brasil e de Portugal (antologia literária da língua portuguesa, em colaboração com Álvaro Lins, 1956); Território Lírico (ensaios, 1958); Enriqueça o Seu Vocabulário, Filologia (1958); Vocabulário Ortográfico Brasileiro (1969); O Chapéu de Meu Pai (edição revista e reduzida de Dois Mundos, 1974); Novo Dicionário da Língua Portuguesa (1975); Minidicionário da Língua Portuguesa (1977) e Dicionário Aurélio Infantil da Língua Portuguesa (1989).






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