Dica é não divulgar dados pessoais para estranhos.
Programas de segurança protegem as crianças de divulgar informações.
Os usuários das redes sociais estão entre os que mais correm risco de sofrer golpes na internet. O motivo disso é que muitos deles publicam dados pessoais nestes endereços, criando possibilidades para os golpistas agirem e roubarem dados.
Confira algumas dicas de como evitar problemas nas redes sociais e garantir a sua segurança e a da família.
>>> As informações contidas nessas redes sociais são confiáveis? Há algum tipo de monitoração da veracidade das informações?
Joana Gomes
As informações que os usuários podem acessar nas redes sociais publicadas por seus próprios usuários. Portanto, do mesmo modo que alguém pode enganar alguém na vida real, um usuário pode enganar outro com uma notícia falsa em uma comunidade do Orkut, do Facebook ou divulgando um link no Twitter, por exemplo.
A recomendação é que, do mesmo modo que não se confia em qualquer indivíduo que aborda uma pessoa na rua, é não confiar em todas as informações contidas nas redes sociais. A maior prova deste problema é que grande parte dos links reduzidos (tiny.url, bit.ly, migre.me), que não permitem enxergar para qual endereço se está indo, levam os usuários para sites repletos de ameaças virtuais, podendo instalar um software malicioso no computador. Para evitar este tipo de problema, o usuário precisa entrar em links publicados por pessoas em quem ele confia.
>>> Quais cuidados devemos tomar para manter nossa privacidade nas redes sociais?
Julia Sousa
>>> Acho muito perigoso ficar dando detalhes da vida, dizendo passo a passo do dia a dia nessas redes sociais. Isso não facilita a ação de possíveis sequestradores?
Rafael Lira
Um dos maiores erros cometidos pelos usuários das redes sociais é divulgar para todos dados pessoais como endereço, telefone e horários de suas atividades diárias. Isso permite com que golpistas consigam dados necessários para conseguir armar golpes e, em casos mais graves, até realizar sequestros.
Uma das recomendações dos especialistas é não divulgar dados pessoais nas redes sociais como endereços, telefones, onde trabalha ou estuda e horários das atividades, por exemplo. Recomenda-se que as fotografias expostas na rede utilizem uma proteção para que possam ser vistas apenas pelos amigos, evitando que um estranho possa visualizá-las, copiá-las e alterá-las.
Essa recomendação também serve para os amigos, que, mesmo sem a intenção, podem acabar passando dados pessoais de terceiros para possíveis golpistas na internet.
É importante, também, não clicar em qualquer link que aparecer na frente do usuário. Muitos conduzem para sites com conteúdo impróprio ou malicioso, que pode infectar o computador com vírus e outros softwares que podem prejudicar o usuário. Não acredite em promoções que chegam por e-mail, cartas de bancos, oferta de diplomas: a maioria é de criminosos que querem obter dados pessoais e bancários ou instalar softwares maliciosos no PC da vítima para cometer todo o tipo de crimes.
O usuário precisa ter programas de proteção instalados no seu computador para tentar evitar esse tipo de ataques. Atualmente, existem softwares de empresas que atuam na área que alertam o usuário para os riscos que determinados sites apresentam, que impedem de se publicar informações pessoais nas redes sociais e, obviamente, protegem de vírus e outros programas. É um investimento que os usuários precisam fazer para se proteger destas ameaças.
>>> A partir de que idade os pais devem permitir que os filhos usem as redes sociais?
Roberto Pereira
Não há uma idade indicada para uma criança entrar nas redes sociais. Entretanto, independentemente da idade, o mais importante é o acompanhamento dos pais.
Especialistas afirmam que é importante que os pais saibam o que os filhos estão fazendo nas redes sociais, quais informações estão publicando e com quem está conversando. É importante ter acesso a tudo o que os filhos fazem nestes sites para monitorar e não para invadir a privacidade. Na conversa com o filho, os pais têm que deixar claro de que não estão investigando a vida do filho e, sim, ajudando a evitar problemas como golpistas e pedófilos.
Os filhos devem ter os mesmos cuidados nas redes sociais: não divulgar dados pessoais como endereços e telefones, por exemplo. Existem programas criados por empresas de segurança que conseguem criar uma proteção doméstica. O pai pode selecionar quais são os tipos de informação que as crianças podem divulgar nas redes. Além disso, podem proteger de ameaças virtuais, vírus e de que os filhos acessem endereços com conteúdo impróprio.
>>> Já temos uma legislação específica para crimes cometidos pela internet?
Samuel Santos
Não. Há apenas um projeto de lei criado em 2000 que está parado na Câmara. Mas não é porque não existe uma legislação específica que ninguém é punido.
Geralmente, como os crimes na internet envolvem roubos de quantias em dinheiro e dados de pessoas, a lei aplicada é relativa ao mesmo ato criminoso no mundo real. A população pode fazer denúncias ao Ministério Público que irá investigar os casos.