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sexta-feira, 25 de junho de 2010

30 coisas que você não sabe sobre Cauã Reymond


Mas não é a Grazi Massafera para perguntar. Gente passa duas horas com o galã de Passione em uma suíte de hotel, em São Paulo, para arrancar 30 preciosas curiosidades sobre seus 30 anos de vida

Simone Blanes Fotos: Alê de Souza

1
A mãe engravidou dele aos 17
Minha mãe que escolheu meu nome. Foi uma mistura de fonemas. Depois a gente descobriu que significa gavião, ave de rapina. Ela ficou grávida de mim com 17 anos. Se fosse menina seria Luana. Aliás, meu nome foi quase Luã.

2 Chupou dedo até 6 anos
Não sei até quando mamei, mas chupei dedo até uns 6 anos. Eu tinha uma camisa que era tipo uma flanelinha que eu adorava ficar com ela. Parecia o Linus, aquele amigo do Charlie Brown, que andava com o cobertor. Eu usei aparelho quando era moleque de tanto chupar dedo. Fiquei dentuço. Era dentução que nem a mônica.

3 Seus pais se separaram quando ele tinha 2 anos
A primeira palavra que falei foi "carro", para minha mãe. Depois "mamãe" e "papai". Meus pais se separaram quando eu tinha 2 anos. Eles não chegaram a casar, moravam juntos. Meu pai foi morar em Santa Catarina e eu o via pouco.

4 Só dormia no carro do avô
Quando tinha 2 anos, gostava muito de dormir no carro do meu avô, naquele vão entre o banco traseiro e o vidro. Tinha vezes que eu não conseguia dormir, e minha mãe ligava para o meu avô levar o carro para eu dormir nele. Era um Corcel. Ninguém me tirava dali. Era magrinho, encaixava direitinho.

5 Levou 14 pontos na cabeça aos 5 anos
A primeira travessura foi aqui (mostra a cabeça), com 5 anos, um tombo de bicicleta, levei 14 pontos. Eu pulei uma rampa, a bicicleta foi para um lado e a cabeça para o outro. Caí direto no parachoque de um Fusca que estava parado. E tem essa, que foi com 7 anos (mostra a testa), de skate. Nossa, eu era muito travesso!

6 Colecionava Comandos em Ação desmontados
Tinha mania de desmontar os bonecos porque ninguém me dava todos que eu queria, então montava os meus comandos em ação. Desmontava as peças e fazia um novo bonequinho e, quando não rolava, eu pegava um papelzinho, desenhava e colava com durex. E também colecionava selos de cavalo. Teve uma fase que eu queria andar a cavalo e minha família não tinha grana. Então, me davam os selos de cavalo.

7 Viu Top Gun 14 vezes
Meu filme preferido era Top Gun. Meu primeiro ídolo, não era nem o Tom Cruise, era o personagem dele no filme, o aviador Pete "maverick" Mitchell. Tinha uns 11 anos e vi o filme umas 14 vezes.

8 Teve um Natal inesquecível
Me lembro de um muito bonito na casa de uma tia. Estava a família toda. Meu primo ganhou um videogame, master system, e eu ficava louco para ele jogar e eu jogar junto.

9 Era um aluno problema
Eu fui muito bagunceiro. Fui convidado a me retirar na maioria dos colégios onde estive. Nunca fiquei mais de dois anos em uma escola. Era um aluno mediano. Repeti a terceira série, foi o ano que meu irmão nasceu, acho que por ciúmes. Era hiperativo. Cheguei a ser expulso do curso de inglês aos 13 anos, imagina? Era bagunça demais (risos). Ainda bem que virei ator, né?

10 O chamavam de Bocão
O apelido veio quando era mais velho. Bocão... básico, né? Me pergunto por que não me deram antes. Acho que meu nome já era diferente, então, nem precisava de apelido.

11 Era baladeiro em Camburiú
Morei em Santa Catarina, em Balneário Camburiú, que é uma cidade ótima, uma das melhores noites do Brasil. E eu lembro que era bacana, porque a gente podia ir para a noitada, não tinha perigo, meu pai não ficava preocupado.

12 Surfava de madrugada com o pai
A lembrança mais bacana da adolescência foi quando fui campeão brasileiro de jiu-jítsu. Tinha 17 anos e fui aos 18 de novo. Fui bi. Outras lembranças: eu ir surfar com meu pai. Lembro que, quando o mar estava bom - e eu tinha que estar na escola às 7 da manhã - a gente acordava cedo, de madrugada e ele me levava para surfar. Às 7h10 eu estava no colégio. Meu pai me influenciou muito nos hábitos saudáveis. Até ir morar com ele, não era saudável: comia hambúrguer de calabresa, refrigerante... era bem junkie. Dos 14 em diante sim. Via meu pai comer e virei mais natureba.

13 Estudou psicologia
Fiz terceiro grau incompleto. Entrei na faculdade e tranquei. Na PUC, de psicologia. Meu pai é psicólogo e, quando eu tinha 18, estava meio perdido, trabalhando como modelo. Aí, decidi trancar a faculdade e viajar para a europa.

14 O primeiro beijo foi aos 12 e ele não gostou
Foi com 12 anos e não foi legal, porque usava aparelho móvel e na hora tive que tirar. Foi estranho. Não foi legal nem para mim e nem para a menina, uma colega de escola. Depois, a menina que eu queria ficar mesmo, que eu era amarradão, não quis mais ficar comigo porque soube que eu tinha beijado a outra. Aí só voltei a beijar com 14 anos. E foi legal.

15 Sua primeira musa foi Luma de Oliveira
M
e lembro de uma matéria de uma revista masculina, não vi a Luma pelada, mas vi os pés da Luma. Achei aquilo tão sexy! Depois, aos 17, quando eu era modelo, a encontrei uma vez. Ela foi lá falar com alguém e sentou do meu lado. Fiquei tenso. Não conseguia olhar para ela! Luma preenchia todas as minhas fantasias. Depois, eu vi outras fotos dela, mas a primeira coisa foram os pés.

16 O primeiro porre foi aos 25
Meu primeiro porre foi tarde. E eu só tomei três porres na vida. Foi no casamento do meu melhor amigo, em 2005, aos 25. Nunca tinha tomado, passei mal... mas foi legal. Era meu melhor amigo casando e eu era padrinho. Os outros dois também foi entre amigos. Mas não sou de beber, não gosto de beber. No máximo saquê ou vinho.

17 No primeiro desfile, depilou as pernas
Foi em um desfile da Cia Marítima e fiquei muito nervoso porque tive que depilar as pernas. O cara da marca falou que a gente tinha que ir depilado e eu cheguei em casa, peguei um prestobarba e me rasguei inteiro. Tinha 17 anos, nem tinha barba, então não sabia usar prestobarba. E a sunguinha pequenininha? Eu acostumado com sungão, porque lutador usa sungão...


18
Roubava biscoitos numa loja em Milão

Em milão, tinha uma cestinha de biscoitos de uma loja do lado de onde eu morava, e eu sempre pegava alguns e saía correndo. Em Nova York, no curso de interpretação onde estudava, varria o chão, lavava o banheiro, pintava parede, atendia telefone, era o faz-tudo. Não comia fora, comia o que eu cozinhava. Lembro de gente me perguntar: "Você morou em Nova York? Foi ao restaurante tal?" eu dizia não. Não tinha dinheiro, vivia a vida de quem ralava. em Milão e Paris, só modelava. Tive sorte de fotografar com Karl Lagerfeld, Mario Testino. E desfilei para o Jean-Paul Gaultier também.

19 Tinha vontade de surfar quando morava em Paris
O esporte me deu uma coisa boa de não perder o foco. Em Paris, eu tinha tanta saudade de surfar que andava em skates longs e todos os retrovisores que eu via, imaginava que era um tubo. Achava legal até levar um tombo tão grande na frente da Torre Eiffel, que fiquei com medo de skate. Em Paris, ganhei a faixa marrom de judô porque não dava para lutar jiu-jítsu. Em Milão, lutava judô. Em NY praticava jiu-jítsu. Tinha na cabeça que queria pegar a faixa preta e peguei. O esporte, além do foco, salva a adolescência.

20 Primeiro teste na tevê: disputou com um amigo e levou
Fui com um amigo, aquela história, meu amigo estava muito mais certo de pegar o papel. E eu peguei. Foi em Malhação (2002). Meu primeiro dia de gravação foi estranho. Era verde como ator. E com a liberdade cênica dentro da tevê, era estranho ter que saber a marca, onde está a câmera, a luz, você não pode entrar na luz do outro. Demorei para pegar. Foi na prática, amadurecendo aos olhos do telespectador.

21 Entre ser ou não ser galã, ele prefere não ser
Não me acredito um galã. Às vezes você preenche uma função dramatúrgica de galã, mas tenho interesse em outras áreas, não fico preso nisso. Quero fazer outros personagens, não necessariamente galãs.

22 Não tratou Fernanda Montenegro como diva
Carreira é difícil sempre. Você fica mais experiente, mais velho, vai sabendo o que quer e o que não quer. Fui campeão de cartas com o Mau Mau na Malhação. O sucesso se repetiu em Belíssima, onde eu fazia o garoto de programa Mateus. Teve muito assédio. Me lembro a primeira vez que entrei em cena com a Fernanda Montenegro, ao lado da Vera Holtz. Fiquei nervoso. Aí, um diretor me chamou e disse que, se um dia eu contracenasse com a Fernandona, não deveria tratá-la como uma diva: "ela está esperando um ator." Aquilo ficou marcado, me deu um clique e não fiquei mais nervoso. Quando rolou a cena, ela conduziu tudo. Eu era só uma peça ali. Foi um presente do Silvio de Abreu ter acabado a novela com ela. Mas meu divisor de águas foi o Halley (A Favorita). Era um papel de muita dramaturgia, trabalhei muito, foi intenso.

23 É péssimo tocando violão
Uma vez tentei tocar violão, "Wish You here", aí percebi que as pessoas ligavam a tevê, iam para a internet. Tentei há três anos, e parei. Me achava autodidata, mas sou péssimo tocando violão. Todo mundo arrumava desculpas e saía da sala. Aí eu desisti, né? Porque o prazer era tocar para os outros. Me achava cool, aí eu vi que realmente eu não tinha talento. O violão está encostado.

24 Adora tomar banho. No verão, são três por dia
Sou bem vaidoso com a minha saúde. Ligo para dormir oito horas. Se dormir menos de seis horas, fico malhumorado. Meu pai falava para eu não lavar o cabelo à noite e não lavo. Gosto de tomar muito banho, sabia? No verão, tomo três banhos por dia. Odeio ficar com sensação de melado. Mas, tento, quando estou ensaboando, não gastar a água do planeta.

25 Já teve ciúmes de Grazi
Já fui muito ciumento, mas tratei isso em mim. Não faz bem para ninguém. Nunca tive ataque de ciúme, a gente chegou bem preparado para o relacionamento. Uma vez morri de ciúmes dela por causa de uma roupa. Não vou negar, ela estava muito bonita. Mas não a fiz trocar, acho um absurdo. Antes achava um absurdo a pessoa sair com a roupa curta. Hoje acho um absurdo pedir para trocar. Tá vendo? Evoluí (risos).

26 Já levou cantada de homem e não é homofóbico
Quando fazia o Mateus, em Belíssima, uma mulher me deu mole com o marido dela olhando. Entendi o clima e vazei. Mas já ouvi coisas estranhas: gente que achava minha lordose o máximo! Mal sabem que faço RPG para não ter hérnia de disco (risos). Já levei cantada de homem, mas para mim é igual a de mulher: se não estou a fim, não vai rolar. Levo na boa, não sou homofóbico.

27 Tem mania de arrumação
Tenho mania de arrumar a casa. Hoje não mandei arrumar o quarto, então eu mesmo arrumei. Mania de organização, não é TOC ainda, talvez evolua. Adoro limpeza.

28 Reza toda noite
Não sou supersticioso, mas se posso não passo debaixo de escada. Rezo toda noite e quando estou no trânsito ou no voo. Olha, sou cético até me provarem o contrário. Fui a um grupo de espiritismo, falei com alguém incorporado e o cara disse coisas que tinham a ver. Acredito em tarô, astrologia. Sou taurino com ascendente em peixes. Isso serve como um oráculo, não para levar a ferro e fogo como eu levei a primeira vez que fiz meu mapa. Foi engraçado, o pessoal dizia - "Para! Nem tudo isso vai acontecer!" Grazi me aturou, viu?

29 Quer casar na igreja, ter três filhos e gostaria de adotar
Me considero casado, tenho vida de casado. Mas a cerimônia, estilo O Poderoso Chefão, está de pé. Tem que ser essa festa, senão não tem graça. Acho igreja legal. Já filhos virão daqui a um tempo e não vai demorar. Quero ter três. Me imagino pai com uma casa cheia. Vou ser um pai, em alguns momentos autoritário, mas também brother, vou fazer mamadeira. E adotaria uma criança, sim. Minha mãe é adotada e penso em um dia adotar também. A Grazi também acha legal.

30 Acredita em interesse fulminante à primeira vista
Não acredito em amor à primeira vista porque isso demora para construir, mas no interesse fulminante à primeira vista, sim. Foi o nosso caso. Não foi só físico, teve um interesse mútuo, instantâneo. A gente se conheceu no estacionamento do Projac. Eu a vi de costas e pensei: "humm! Não conheço essa pessoa." E aí quando passei, ela me viu de costas e pensou: humm! Há um ano moramos juntos. Cuido de certas coisas da casa, ela de outras. A cozinha, é ela quem cuida, mas a Grazi não cozinha. Graças a Deus tem alguém para cozinhar para a gente. Somos viciados em cinema. No ano passado, ela me fez um aniversário surpresa, bonito. Estava meio assim porque não gosto muito de comemorar, mas quando abri a porta estava a maior galera. Ela reuniu todo mundo, um baita rango, um baita bolo, um baita presente. Ganhei um quadro lindo. Eu era mais romântico, estou tentando voltar a ser. Com essa rotina de trabalho, a distância faz a gente sofrer. Mas gosto de musiquinha, incenso. Nesse quesito, eu sou mais romântico que ela.




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LAST

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