Do UOL Notícias
Em São Paulo
A Polícia Civil de São Paulo prendeu às 9h desta terça-feira (18) Jefferson Luiz de Lima Tomé, 31 anos, acusado de participar do assalto no último domingo (16) à joalheria Tiffany & Co. do shopping Cidade Jardim, centro comercial de alto luxo na zona sul de São Paulo.
Após uma denúncia anônima, os investigadores do 42º Distrito Policial (Parque São Lucas), na zona leste, encontraram o rapaz em sua residência, no bairro do Jardim Colonial. Com ele, foi encontrada uma metralhadora caseira.
O flagrante foi feito pelo delegado Marco Antonio Bernardino. Segundo os policiais, é possível identificar o criminoso nas imagens do sistema interno de vídeo do shopping.
Ele confessou sua participação no assalto e tem passagem na polícia por tráfico de drogas, segundo o delegado.
O homem preso não passou informações sobre seus comparsas. Ele afirmou para as autoridades que seriam seis pessoas envolvidas no assalto - ele não conheceria nenhuma delas.
Segundo a assessoria de imprensa da Tiffany, a loja no shopping Cidade Jardim será reaberta ao público amanhã (19).
Histórico
Pelas informações da polícia, pelo menos oito homens armados com escopetas e submetralhadoras entraram no shopping e saíram da joalheria com três sacos cheios de joias. Até as 22 horas de ontem, a Tiffany ainda não havia informado o valor do prejuízo à polícia. Durante o dia de ontem, a joalheria permaneceu fechada para que os funcionários pudessem fazer um inventário das mercadorias roubadas.
As imagens das câmeras de segurança divulgadas ontem mostram que a quadrilha tomou alguns cuidados até para invadir o shopping. Alguns deles usavam gravata e óculos escuros. Dois outros usavam gorros feitos com meias de mulher.
Os homens que roubaram a joalheria mais luxuosa do país são diferentes dos que invadiram a loja da Montblanc no shopping Pátio Higienópolis, em 12 de janeiro, acredita a polícia. Naquele dia, três assaltantes agiram pouco antes do fechamento do shopping, às 22h, enquanto a ação de domingo ocorreu às 15h20.
Como as peças levadas são exclusivas da loja, o rastreamento delas pode permitir que a polícia faça o caminho inverso: do comprador ao ladrão, caso o material seja negociado no mercado nacional. Duas testemunhas do caso foram ouvidas ontem no 34.º Distrito Policial (Morumbi).
*Com informações da Agência Estado