18 de maio de 2010 • 16h03
Lula conversa com a presidente argentina Cristina Fernandez Kirchner (esq.) antes da foto oficial do evento
Foto: Reuters
No encerramento de seu discurso em Madri, nesta terça-feira, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, alfinetou os dirigentes dos países em crise econômica. "Mais que curso de doutor, as pessoas precisam fazer curso de inteligência e de solidariedade para poderem dirigir seus países", disse ele.
Lula recebeu hoje, na capital espanhola, o prêmio Nova Economia Fórum 2010 - Desenvolvimento Econômico e Coesão Social. A escolha de Lula, segundo a vice-presidente de governo da Espanha, Maria Tereza de la Vega, é um reconhecimento do exemplo político, trabalhista e pessoal de Lula. Para ela, se alguém representa o compromisso com a construção de um futuro justo, essa pessoa é o presidente brasileiro.
Lula destacou, durante seu pronunciamento, que durante a crise econômica de 2008 a economia brasileira foi sustentada pela parcela mais pobre da população. Segundo ele, foram as pessoas de menor renda que atenderam ao pedido feito em cadeia de rádio e televisão para não diminuirem o consumo e, com isso, ajudarem as empresas a se manter em atividade e gerar empregos.
O brasileiro citou, também, os avanços econômicos da Bolívia. Segundo Lula, pela primeira vez desde 1940 o país andino tem reservas de capital estrangeiro e superávit. Antes, o presidente havia dito que a América do Sul passa por um processo irreversível de mudança em seu modelo de gestão socio-econômica.
A premiação foi entregue após a reunião de cúpula entre os países da União Europeia (presidida pela Espanha) e os países da América do Sul e do Caribe. Neste encontro, o bloco europeu retomou as negociações para um tratado comercial com o Mercosul.