Da Redação - 16/02/2010 - 14h35
O MPF (Ministério Público Federal) em Goiás se reuniu na última semana com autoridades de Saúde do Estado e com representantes do Ministério da Fazenda para discutir a necessidade de prestação de serviços médicos relativos à saúde mental para as vítimas do acidente radioativo com césio 137 em Goiânia.
De acordo com o procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Ailton Benedito, há uma demanda de reclamações de vítimas que alegam sofrer de problemas psiquiátricos com alguma relação com o acidente com césio 137.
“O MPF recomendou que seja providenciada a incorporação de, pelo menos um médico com especialidade em psiquiatria, no quadro clínico da Suleide, para acompanhar e assistir aquelas vítimas, bem como auxiliar tecnicamente a Junta Médica Oficial nas perícias e na elaboração laudos médicos concernentes aos pedidos de pensão”, explica Ailton Benedito.
Em 1987, um aparelho de radioterapia de um hospital abandonado foi encontrado no centro de Goiânia por catadores de papel, que acharam se tratar de sucata. O aparelho foi desmontado e suas peças revendidas, espalhando um rastro de contaminação com o material radioativo, que afetou mais de 100 mil pessoas. Quatro pessoas morreram e outras dezenas sofrem os efeitos da contaminação até hoje.
Estiveram presentes na reunião, além do Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, os superintendentes da Suleide, Zacarias Calil, o coordenador da Junta Médica, Sérgio Andrade, e os representantes do Ministério da Fazenda, Vilma Castro e Sérgio Moraes.
Sulamérica Trânsito
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