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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Paulo Octávio espera apoio de Lula para evitar intervenção federal no DF

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
O governador interino do Distrito Federal, Paulo Octavio (DEM), afirmou nesta quarta-feira à Folha Online que vai pedir apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para continuar governando. Paulo Octavio --que espera ser recebido ainda hoje por Lula-- disse que pretende se "colocar como um fator facilitador" para administrar a crise local.
Na agenda oficial do presidente e segundo interlocutores, ainda não há previsão para a reunião. Citado no inquérito que investiga o suposto esquema de arrecadação e pagamento de propina que envolve o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido), Paulo Octavio disse que ainda avalia as chances de ter condições para governar. "[No encontro com Lula] Vou me colocar como um facilitador. Não sou obstáculo a nada", disse.
Paulo Octavio afirmou que preocupa a possibilidade de uma intervenção federal defendida pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. "A intervenção é sempre uma agressão ao regime democrático, mas decisão da Justiça se cumpre", afirmou.
O governador interino não descartou renunciar ao cargo. Paulo Octavio disse que a decisão vai depender de conversas com partidos e políticos da cidade. A ideia é fazer um governo de coalizão. Na tentativa de se desvencilhar de Arruda e aconselhado por aliados, Paulo Octávio pediu que os secretários coloquem os cargos a disposição.
"Essa é uma questão de foro intimo. Eu ainda preciso avaliar a governabilidade, conversar com partidos, com políticos. Eu ainda não tenho essa certeza de que é possível governar. Brasília ainda está retomando o ritmo", disse.
Além de enfrentar problemas para comandar o Distrito Federal, Paulo Octavio deve se tornar alvo de um processo de expulsão do DEM. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) vai propor que a Executiva Nacional decida sobre a saída do governador interino.
A reunião da Executiva ficou para a próxima semana. Segundo reportagem da Folha publicada ontem, entre os dirigentes do partido, a intervenção no diretório da sigla em Brasília é dada como certa, mas a expulsão do governador ainda é dúvida. Vai depender dos apoios que ele conseguir atrair --deverá se reunir com Lula-- e do destino que a Câmara Legislativa dará aos pedidos de impeachment contra ele.
Arruda também enfrenta três pedidos semelhantes, que serão colocados sob análise da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara Legislativa amanhã. A análise é vista como uma forma de tentar forçar a renúncia de Arruda.
Se Paulo Octávio não for processado e conquistar o apoio de Lula, avaliam democratas, a tese da expulsão se enfraquece --assim como a possibilidade de uma intervenção federal.

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