"A temporada de furacões 2010 será mais ativa que a média", disse à AFP o cientista William Gray, que lidera uma equipe de especialistas em furacões da Universidade do Estado do Colorado (CSU).
Um relatório deste centro de estudos aponta para a possível formação de entre 11 e 16 tempestades tropicais no Oceano Atlântico (a média histórica fica entre 9 e 10), assim como entre 6 e 8 furacões (5 e 6 é a média), e de 3 a 5 furacões maiores.
O risco de que pelo menos um furacão maior (com ventos acima de 178 km/h) passe pelas ilhas do Caribe é de 53% - acima da média do último século, 42% -, segundo o mesmo estudo, feito em dezembro.
"A cada ano, as chances de o Haiti estar na rota de impacto de um furacão ficam normalmente entre 10% e 15%", explicou Gray, um dos mais reconhecidos especialistas em furacões dos Estados Unidos.
"Este ano, a probabilidade de o Haiti ser alcançado por um furacão podem ser maiores, mas não são altas, e esperamos que nada aconteça", acrescentou.
Nesta quinta-feira, a primeira chuva torrencial em território haitiano desde o devastador terremoto do dia 12 de janeiro deixou desamparadas as centenas de milhares de pessoas que perderam suas casas na tragédia e hoje vivem em acampamentos improvisados ou nas ruas.
O presidente da Cruz Vermelha francesa, Jean-François Mattei, alertou nesta quinta-feira para uma provável deterioração da situação humanitária no país nos próximos meses em consequência do clima.
"O pior virá com a chegada da temporada de chuvas, dentro de seis semanas, marcada por chuvas torrenciais, inundações e deslizamentos de terra", advertiu Mattei.
Em 2008, o Haiti foi atingido pela passagem de quatro furacões, e mais de 800.000 foram afetadas. No ano passado, no entanto, nenhum furacão chegou ao Caribe nem à costa dos Estados Unidos.
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