Agência Brasil - 11/01/2010 - 15h24
Cinco ações cíveis foram propostas na Justiça Federal pelo procurador da República Carlos Henrique Martins Lima contra duas empresas do vice-governador do DF (Distrito Federal), Paulo Octávio (DEM) e dois ex-diretores do Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, por irregularidades na construção do Brasília Shopping.
Tais irregularidades teriam gerado ao Funcef e à Caixa prejuízo de R$ 27 milhões, dinheiro que deverá ser devolvido se as ações forem julgadas procedentes.
O vice-governador é um dos acusados de envolvimento em um suposto esquema de pagamento de propinas a políticos do DF, desvendado pela Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora. O esquema seria chefiado pelo governador José Roberto Arruda, cujo impeachment foi pedido pela seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no DF. A Paulo Octávio Investimentos Imobiliários e a Principal Empreendimentos Imobiliários e Construções são as responsáveis pela construção do shopping.
Os ex-diretores do Funcef acusados de má gestão do dinheiro do fundo empregado na obra são Sergio Nunes da Silva (Administração, de outubro de 1993 a novembro de 1996) e José Carlos Barbosa de Moraes (Imobiliário, de novembro de 1996 a janeiro de 1999).
O procurador Martins Lima está de férias, mas o MPF (Ministério Público Federal) confirmou que as ações tratam de irregularidades como pagamentos antecipados indevidamente pelo término da obra e de taxas de administração não comprovados.
De acordo com a Procuradoria da República, os prejuízos causados ao Funcef têm reflexos na Caixa Econômica Federal, que participa da administração do fundo e, por isso, ela também foi incluída nas ações pelo procurador. Inaugurado em 1997, o Brasília Shopping está situado em um dos principais pontos comerciais da Asa Norte de Brasília, no Plano Piloto da cidade.
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