Segunda-feira, 7 de setembro de 2009 - 15h04 Última atualização, 07/09/2009 - 14h30
50 mi
de euros é o preço de cada avião de combate Rafale
Da Redação, com informações da AFP
Na visita do presidente francês Nicolas Sakorzy ao Brasil nesta segunda-feira (7) para um acordo militar, um caça de combate aparece no centro da discussão: o Rafale, do consórcio Dassault Aviation. O avião de combate francês foi concebido nos anos 80 para ser o primeiro modelo polivalente e substituir, no longo prazo, sete aparelhos diferentes, entre os quais o Mirage 2000 e o Super Etendard.
Lançados em 1978, os pré-projetos desembocaram no primeiro voo de um protótipo em 1991. O primeiro avião destinado à força aérea saiu das fábricas em dezembro de 1998. Desde então, nenhum país estrangeiro adquiriu este aparelho.
A França prevê a aquisição de 294 Rafale, sendo 60 para a marinha. No total, 120 aparelhos foram encomendados, e quase 80 já foram entregues. A Marinha francesa é equipada com a aeronave desde junho de 2004, com a primeira unidade operacional da força aérea tendo sido constituída em 27 de junho de 2006.
O preço de cada aparelho é avaliado em cerca de 50 milhões de euros. O custo orçamentário de cada avião (desenvolvimento, industrialização, produção em série e auxílio pós-venda) para o governo francês chega a 96 milhões de euros.
Capaz de voar a Mach 1.8, o Rafale é fabricado pela Dassault, pelo gigante do setor eletrônico Thales e pelo fabricante de motores aeronáuticos e espaciais Snecma. Mais de 1.500 empresas francesas estão envolvidas no programa.
Este caça-bombardeiro com asas em forma de delta é um birreator polivalente que tem expectativa de vida superior a 30 anos. Concebido para intercepção, ataques ar-terra e ar-mar, reconhecimento ou bombardeio nuclear, ele deve, a longo prazo, substituir toda a frota da força aérea e da aeronáutica naval francesa.
O Rafale, de um ou dois lugares, tem uma envergadura de 10,8 m, um comprimento de 15,3 m e um peso de dez toneladas quando vazio. Ele pode decolar de uma pista de 400 m e possui um raio de ação em alta altitude de 1.850 km. Construído com materiais compostos, o aparelho é considerado "discreto", difícil de detectar pelo radar.
Vários Rafale de última geração são utilizados para missões no Afeganistão, onde largam bombas americanas guiadas a laser de 250 kg para apoiar as tropas da Organização do Tratado das Nações Unidas (Otan). Entretanto, cinco anos depois de terem sido declarados operacionais, dez Rafale da primeira geração foram retirados da circulação, na espera de uma eventual modernização.
O caça pode ainda conhecer novas evoluções, sobretudo se for adquirido pelos Emirados Árabes Unidos, que querem que a Snecma desenvolva motores mais potentes. O Brasil também espera poder adquirir a tecnologia da construção do jato, permitindo seu desenvolvimento.
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