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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Colégio isola alunos com suspeita de gripe suína


Caio de Menezes, JB Online

RIO - O medo da propagação do vírus da gripe suína, o H1N1, que levou escolas das redes pública estadual e municipal, além de algumas particulares, a adiarem a voltas às aulas depois do recesso de julho, fez com que, na última quarta-feira, o Colégio Metodista Benett, no Flamengo (Zona Sul), suspendesse as aulas de uma turma do 4º ano do ensino fundamental.

Como um aluno apresentou sintomas da gripe suína – não confirmado ainda pelos médicos – a direção do Benett resolveu suspender as aulas da turma 141 por uma semana. Segundo a coordenadora da educação infantil, Aline Moynier, depois de consultar um especialista, os planos foram modificados.

– As aulas, que só ficaram suspensas na quinta e sexta-feira, recomeçarão já na segunda. Um especialista que consultamos nos aconselhou. Mas os alunos que apresentam os sintomas de gripe, seja ela qual for, deverão ficar em casa em observação pelo prazo de sete dias, contados desde a última quarta-feira.

A mãe de um aluno da turma 141, que preferiu não se identificar, não concordou com a decisão da escola.

– O meu medo é não saber até quando esse tipo de estratégia (suspensão das aulas) será adotado. Se houver paralisação toda vez que alguém apresentar sintoma de gripe, não haverá aula. O que uma criança de 9 anos vai fazer em casa se os pais trabalham e não têm empregada – questionou.

Para a mãe, quem deve observar, e tomar conta da situação das crianças são os pais.

– Ao perceberem sintomas de gripe em seus filhos, não devem permitir que eles vão para a escola. Deve haver bom senso, e encaminhamento ao médico. Senão, é criada uma situação alarmista.

H1N1, o vírus dominante

O site da Organização Mundial de Saúde, informou ontem que o H1N1, causador da nova gripe, assumiu a posição de vírus gripal de maior circulação no mundo. Logo, a maioria dos casos de gripe do planeta, seja da comum ou da suína, tem origem nesse vírus.

“A evidência de múltiplos locais de surto demonstra que o vírus pandêmico H1N1 se estabeleceu rapidamente e agora é a cepa dominante de influenza no maior número de regiões do mundo. A pandemia vai persistir nos próximos meses, à medida que o vírus continua circulando entre populações suscetíveis”, diz o site.

A informação, que partiu da análise de dados de laboratórios credenciados pela agência, também mostrou que os H1N1 que originaram todos os surtos continuam praticamente idênticos, o que significa que o vírus não passou por mutações. Se alguma modificação fosse observada, as milhões de doses de vacina já produzidas contra a gripe suína, estariam defasadas e, portanto, impróprias para uso.

Sintomas brandos

Ainda segundo a entidade, o quadro clínico da gripe pandêmica assemelha-se em todos os continentes. A maioria dos contaminados têm sintomas brandos, algumas vezes imperceptíveis, embora os casos de morte não parem de aumentar.

“Ainda que o vírus possa causar enfermidade grave e fatal, e também em pessoas jovens e saudáveis, o número de tais ocorrências continua pequeno”, avaliou o site oficial da a agência de saúde pública das Nações Unidas.

21:17 - 28/08/2009








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