Araçatuba - A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou hoje que duas pessoas morreram após serem vacinadas contra a febre amarela. As mortes provocadas por reação à vacina ocorreram em abril, mas foram divulgadas somente hoje. As vítimas, uma moça de 20 anos, de Botucatu, e uma menina de 4 anos, residente em Avaré, estavam internadas no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Botucatu. Elas apresentavam os sintomas da doença, causados pela imunização, e não resistiram.
De acordo com a coordenadora de imunização da secretaria, Helena Sato, a vacina causou uma reação chamada de víscerotrópica aguda, que é a penetração do vírus (presente no medicamento) no tecido do fígado. "Trata-se de um caso raro, que pode acontecer um para cada 1 milhão a 1,5 milhão de doses aplicadas", explicou. Segundo ela, a ciência ainda não descobriu o motivo pelo qual o vírus, ao invés de proteger, acaba por contaminar a pessoa. "Não existe uma explicação para isso ainda na literatura mundial. Estes dois casos serão investigados pelo Ministério da Saúde em conjunto com a secretaria de Saúde."
A imunização das duas vítimas fez parte da campanha de vacinação iniciada na região sudoeste de São Paulo, incluída como a mais nova área endêmica do Estado - antes havia apenas a região noroeste -, onde foram diagnosticados 25 casos positivos e nove óbitos. A campanha vacinou 90% dos cerca de 1 milhão habitantes da área. Em todo Estado, 1,5 milhão de doses da vacina foram aplicadas em 2009.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
SP confirma mortes por reação à vacina de febre amarela
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