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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Cientistas testam habilidade de usuários de drogas no volante


Cientistas da Universidade de Sydney, na Austrália, estão pesquisando como as metanfetaminas afetam a capacidade de direção, em um estudo pioneiro no mundo. Pelo menos 70 voluntários - entre usuários e não usuários - participam do estudo. Nos testes, eles "dirigem" um carro real, dentro do laboratório da Universidade de Sydney, com um simulador que mostra a cidade, sinais de trânsito, pedestres e outros veículos em movimento. Os voluntários também usam um óculos especial para tornar a experiência mais "realista".

Antes dos testes, são retiradas amostras do sangue dos voluntários, para medir a concentração de anfetaminas no organismo. A reação e concentração do motorista são avaliados, em situações simulando alta e baixa velocidade.

A metanfetamina é uma droga comum nos países ocidentais e seu consumo vem crescendo rapidamente em vários países. Ela se manifesta no sistema nervoso, aumentando o estado de alerta do consumidor. Outros efeitos da droga, que é altamente viciante, são euforia e aumento do apetite sexual.

Segundo o professor Iain McGregor, do Departamento de Psicofarmacologia da Universidade de Sydney, a droga é encontrada no mercado em versões mais potentes, como o "ice", cujo sintomas incluem paranoia, alucinações e alterações na habilidade motora e de controlar o humor. Consumo Os resultados do estudo, que, segundo McGregor, devem ser divulgados daqui a três meses, são aguardados com interesse na Austrália, onde a droga é a cujo uso mais cresce no país. "Mais de meio milhão de australianos usam metanfetaminas", disse o pesquisador David Bosanquet, responsável pelo projeto. " Nunca houve uma pesquisa a respeito disso antes e, portanto, não sabemos muito sobre como as metanfetaminas contribuem para os erros na hora de dirigir, por isso é importante entender a parte científica".

Segundo o cientista, a metanfetamina, droga mais forte que o crack, é consumida geralmente por jovens, principalmente homens motoristas, que costumam usá-la para se manterem acordados durantes longas viagens.

"As metanfetaminas podem ter efeitos devastadores na hora de dirigir e são a causa de muitos acidentes e fatalidades no trânsito", disse Bosanquet. "Além disso, os efeitos podem permanecer no organismo durante quatro dias." Em 2004, o Estado australiano de Victoria foi o primeiro lugar no mundo a implementar testes de saliva durante controles aleatórios no tráfego para verificar o uso de drogas como metanfetaminas, ecstasy e maconha.

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