O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, viajará esta semana à Rússia em meio a esforços para intensificar o comércio bilateral e tentará comprar submarinos a diesel, sistemas móveis de míssil e tanques dos russos, afirmaram na segunda-feira meios de comunicação.
Chávez realizou diversas viagens à Rússia, o segundo maior exportador de petróleo do mundo, e elogiou o governo russo por resistir a algumas das políticas norte-americanas.
O presidente da Venezuela, que usa o faturamento obtido por seu país com a venda de petróleo para, entre outras coisas, adquirir equipamentos militares dos russos e chineses, desembarcará em Moscou na terça-feira e deve reunir-se com o presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, e com o primeiro-ministro do país, Vladimir Putin.
A princípio, Chávez chegaria a Moscou na segunda-feira à noite, mas adiou seu desembarque para terça-feira de manhã, afirmou um membro dos serviços diplomáticos da Venezuela. Não houve nenhuma justificativa para a mudança de planos.
A embaixada venezuelana na capital da Rússia recusou-se a responder aos pedidos de informação sobre a visita, mas meios de comunicação russos disseram que Chávez tentaria comprar 20 sistemas de defesa antiaérea TOR-M1 e vários submarinos movidos a diesel, em negócio que totalizaria mais de 1 bilhão de dólares.
A Venezuela tenta obter financiamento junto a bancos russos, em parte para custear a aquisição de armas, ao passo que algumas das maiores empresas da Rússia ¿ entre as quais a Gazprom, a Lukoil, a TNK-BP e a Ferrovias Russas ¿ desejam intensificar as trocas comerciais com o país latino-americano, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Chávez disse à agência russa de notícias Itar-Tass que desejava comprar tanques russos durante sua visita: "Esses são tanques muito modernos, muito rápidos". O presidente venezuelano também afirmou à agência que queria discutir a criação de um fundo mútuo de investimento.
"Durante a visita do presidente venezuelano, H. Chávez, à Rússia, podem ser assinados novos contratos para a entrega de armas e equipamentos militares russos", afirmou um membro do setor de defesa da Rússia, segundo a Itar-Tass.
A estatal exportadora de armas do país, Rosoboronexport, não quis manifestar-se sobre o assunto.
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