A festa é na rua mesmo
Andar arrumadinho? Entrar na melhor boate? Apreciar uma boa bebida? Nada disso. Para o advogado Eduardo Gomes (de gorro cinza), de 23 anos, e seus amigos, a “balada” no sábado (28) em Campos do Jordão era ali mesmo, na rua. Sentados em um banco e com um violão em mãos, os jovens cantavam, riam e chamavam a atenção de quem curtia os agitos do Capivari, a região mais badalada da cidade.
“A idéia é quebrar o formal, que é vir bem arrumado, tomar um chocolate e posar de bonito”, afirmou Gomes. No meio da cantoria, filosofou: “Há o suficiente para a necessidade de todos, mas não para a ganância de todos”. Enquanto isso, versos de músicas de bancas como O Rappa e Capital Inicial. “Por que tem tanta gente com ‘carrão’ e existem mendigos na rua? Tem algo errado”, questionou um amigo do advogado. O grupo, que reunia jovens de São Paulo e Florianópolis, disse que não tinha hora para ir embora. E o termômetro marcava 7 graus.
Carolina Iskandarian, do G1, em Campos do Jordão
Carros antigos sobem a serra
Uma das atrações da tarde deste sábado (28) em Campos do Jordão foi a exposição de carros antigos. No 2o Passeio de Carros Clássicos, vinte “raridades” deixaram a capital paulista e subiram a serra, reunindo dezenas de admiradores e curiosos. Todos paravam ao lado dos veículos, alguns da década de 20, para tirar fotos. Um dos mais disputados foi o Crysler, modelo Phaeton, de 1928. Além da beleza, marcava pela conservação.
Ao lado dele, outras “jóias”, como um Lafer (1982), um Ford Roadster V8 (1932), e o Corvette Stingray branco (1975) da artista plástica Cecília Natal. Na verdade, o veículo é do marido dela, mas a diversão é garantida para toda a família. “Eu adoro. A gente usa em São Paulo só para passear”, contou. Pausas para fotos e perguntas já viraram costume. “Aonde vamos somos parados”, afirmou Cecília.
Com orgulho, disse que o Corvette veio completo. “É uma beleza. Tem ar condicionado, ar quente, vidro elétrico. E isso foi em 1975”. O organizador do evento, Ricardo Romaris, resumiu o por quê desse tipo de exposição. “Esse pessoal (colecionadores) tem carência. Eles têm o carro, cuidam e precisam mostrar”. Para ele, que tem um Corvette, é difícil dizer qual o mais bonito. “Cada um tem uma história”.
E Cecília disse ter voltado ao passado. “Parece que estamos vendo aqui Greta Garbo, Clarck Gable. É fantástico”. O encanto durou pouco. No fim da tarde, os carros deixaram o espaço.
Carolina Iskandarian, do G1, em Campos do Jordão
O inverno chegou e o G1 resolveu mostrar um pouco do que acontece em uma das cidades mais charmosas de São Paulo: Campos do Jordão, a 181 km da capital. As casinhas em forma de chalé, as montanhas, o chocolate cremoso e, sobretudo, o frio, deram a Campos o apelido de ”Suíça brasileira”. E é aqui que vamos ficar por uma semana para falar sobre badalação, turismo, comportamento, comércio e curiosidades em geral.
Campos do Jordão fica a 1.700 metros de altitude, na Serra da Mantiqueira. Chegamos no início da tarde, quando fazia 18 graus. Frio suportável, mas o sol vai embora e os casacos “pesados” começam a ser vestidos. No hotel em que ficaremos hospedados, o recepcionista diz que “ainda está calor” e que é normal se, durante a madrugada, a temperatura chegar a perto de zero grau. Difícil saber se o inverno esse ano vai ser muito rigoroso por aqui, mas com certeza não vai espantar os turistas, que já lotam a cidade.
Carolina Iskandarian, do G1, em Campos do Jordão
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