Aposentadoria de Gates coincide com escalada de novos rivais da empresa no setor de internet
Reuters
A saída de Gates, que continuará como presidente não-executivo do conselho do grupo, coincide com a escalada da rivalidade com o Google e outros concorrentes que estão utilizando a internet para reduzir o domínio da Microsoft no software.
Com o recuo de Gates, o peso do futuro da Microsoft agora repousa inequivocamente sobre os ombros de Ballmer. "A Microsoft precisa pensar sobre algumas mudanças radicais no interior de sua organização, para não só resolver os problemas de sua divisão online mas começar a inovar em algumas das outras", disse Sid Parakh, analista da McAdams Wright Ragen.
Reconhecendo a ameaça dos novos rivais na internet, Ballmer, que substituiu Gates como presidente-executivo em 2000, deu um dos mais audaciosos passos na história da Microsoft, com uma oferta de US$ 47,5 bilhões pela aquisição do pioneiro da Web Yahoo.
O fato de que o negócio não tenha sido concretizado colocou em destaque as deficiências da empresa em suas operações online e a urgência com que precisa agir se deseja evitar o risco de ficar ainda mais para trás na disputa com o Google pelo crescente e lucrativo mercado da publicidade online.
Os analistas dizem que a Microsoft, que cresceu dos 30 funcionários que tinha em 1980, quando Ballmer foi contratado, para 90 mil hoje, não é ágil o bastante para acompanhar os rivais, e que sua imensa burocracia sufocou a inovação.
"A Microsoft simplesmente não apareceu com nada de muito inovador", disse Andrew Loechl, diretor da Eagle Harbor Asset Management. "Tem comprado companhias a torto e a direito há anos, mas ainda não desenvolveu nada internamente."
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