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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Criança nasceu com doença rara Justiça determinou cirurgia imediata, mas estado alega falta de vagas.


                

Criança nasceu com doença rara chamada Tetralogia de Fallot.
Justiça determinou cirurgia imediata, mas estado alega falta de vagas.

Do G1 BA, com informações da TV BA
ma criança de apenas um mês e meio de vida espera por uma cirurgia no coração há quase um mês em Salvador. A história é semelhante ao caso do pequeno Cauê Ribeiro, bebê baiano que morreu em São Paulo dias depois de ter sido submetido a uma operação.
A Justiça já determinou que o estado realize o procedimento, mas até agora a cirurgia não aconteceu por falta de vagas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Santa Izabel ou Ana Nery, ambos em Salvador.
A menina é a primeira filha da estudante Naiane Suzart, que precisou realizar o parto em fase ainda prematura, no dia 13 de agosto deste ano. A menina, batizada de Sofia, nasceu com um defeito no coração chamado Tetralogia de Fallot, quando a veia que leva o sangue para o pulmão fica obstruída. Com isso, menos oxigênio é levado para o sangue e o bebê fica roxo.

“Ela tem que fazer uma cirurgia e já era para ter feito nos primeiros dias de vida. Até agora nada, ela já tem um mês e treze dias. A qualquer momento que eu chegar aqui eu posso receber a notícia que minha filha está morta”, desabafa Naiane Suzart.

Em um relatório, a médica Selma Lopes informa que a cirurgia é a única possibilidade de tratamento para a criança e que Sofia corre o risco de morrer. A doença no coração da menina foi descoberta onze dias após o nascimento.
Desde o diagnóstico, ela está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da maternidade José Maria de Magalhães, em Salvador. A família procurou o Juizado de Menores no dia 29 de agosto. No mesmo dia, o juiz Salomão Rezedá determinou que o estado realizasse de imediato a cirurgia em Sofia na rede pública ou privada, mas, até esta segunda-feira (26), o procedimento não foi feito.

Enquanto espera por vaga em algum dos hospitais, a mãe de Sofia teme pela vida da filha. ”Ver minha filha ali cheia de aparelho, cada dia ela está com um furo diferente em lugar. Meu bebezinho tão pequeno passando por isso tudo, eu estou sofrendo muito. Eu quero ter minha filha como todo mundo, carregar, abraçar, beijar, levar para escola... E cadê as autoridades? Ninguém faz nada”, diz Naiane.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que a cirurgia de Sofia ainda não foi realizada porque não há vagas nas UTI’s dos hospitais Santa Isabel e Ana Nery, onde é feito esse tipo de cirurgia em Salvador. Segundo a Sesab, assim que surgir uma vaga Sofia será encaminhada com urgência para ser operada.










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