João Wainer/Folha
Por determinação do ministro Augusto Nardes, do TCU, foi bloqueada na Caixa Econômica Federal a conta do Ibrasi.
Trata-se daquele instituto que se encontra no centro do inquérito que apura desvios no Ministério do Turismo e levou a PF a deflagrar a Operação Voucher.
Na investigação em curso, apura-se a malversação de parte de um convênio de R$ 4,45 milhões. O problema é que há outros.
Sim, caro contribuinte, o governo continua entregando verbas subtraídas do seu bolso ao suspeito Ibrasi.
O caso que está sendo esquadrinhado pelo Ministério Público e pela PF é de 2009. O bloqueio do TCU refere-se a outro convênio, de 2010. Coisa de R$ 5 milhões.
Desse total, R$ 4 milhões já haviam migrado das arcas do Turismo para a conta do Ibrasi na Caixa. Daí o bloqueio ordenado pelo TCU.
O ministro Nardes também ordenou ao ministério que se abstenha de realizar novos repasses.
Nos dois casos, o de 2009 e o de 2010, a verba foi pendurada no Orçamento da União por emendas da deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP).
Verificou-se no Amapá que os cursos de qualificação profissional na área de turismo contratados pelo ministério em 2009 simplesmente não foram ministrados.
Os primeiros R$ 4,45 milhões repassados pelo governo foram carreados pelo Ibrasi a empresas de fancaria. Algumas tinham diretores da ONG como sócios.
A despeito das evidências de malfeito, o ministério liberou as verbas. A última parcela saiu neste ano da graça de 2011, já sob Dilma Rousseff.
Sphere: Related Content
Nenhum comentário:
Postar um comentário