Arnaldo Mitouso foi atingido com um tiro no pescoço quando voltava para a residência que possui em Manaus. O disparo passou próximo a aorta, porém, não causou danos maiores.
MANAUS - O prefeito de Coari (a 363 quilômetros a oeste de Manaus), Arnaldo Mitouso (PMN), foi atingindo com um tiro no pescoço na noite de sexta-feira, quando retornava de um jantar na Torquato Tapajós, zona Norte de Manaus. O segurança que estava com o prefeito, Celidônio Aire da Silva, também foi atingido com um tiro de raspão na cabeça. Os dois passam bem.
Segundo Mitouso, em torno das 23h30, ele e o segurança retornavam pela avenida Torquarto Tapajós, em direção à avenida Djalma Batista, quando na curva um carro modelo Palio emparelhou com a Hilux do prefeito pelo lado direito e iniciaram os primeiros disparos na direção do prefeito.
Em seguida, o Palio interceptou a Hilux e foram disparados mais quatro tiros em direção ao segurança. Mitouso e o segurança não sabem dizer quantas pessoas estavam no outro carro. Os suspeitos fugiram na direção do bairro Santa Etelvina, zona Norte, informou o segurança.
O prefeito disse não suspeitar de ninguém e não ter recebido nenhuma ameaça nos últimos dias. “Assim que for liberado pelo médico devo retornar à Coari”, afirmou Mitouso quando saía do exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
As eleições para prefeito em Coari no ano passado ficaram marcadas após o candidato adversário de Mitouso, Adail Pinheiro (PMDB), ser preso pela Polícia Federal (PF) por suspeita de envolvimento em fraudes de licitações e exploração sexual de crianças e adolescentes, em 2009. Mitouso foi eleito após uma nova eleição, já que o vice de Adail, Rodrigo Alves (PMDB), ficou impedido de assimir o cargo.
O atual prefeito responde a 16 processos no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e um outro, criminal, por homicídio.
Há 16 anos, Mitouso foi acusado de ter disparado o tiro que matou o ex-prefeito de Coari, Odair Carlos Geraldo. Mitouso chegou a ser preso em 2006, mas foi solto e aguarda o julgamento em liberdade.
Odair Carlos Geraldo morreu durante uma briga em um restaurante, na qual se envolveram, além de Mitouso, os seguranças do ex-prefeito. De acordo com o inquérito que investiga o crime, o motivo para a confusão foi à prisão de Adalberto Mitouso, irmão de Arnaldo.
Segundo os policiais, Adalberto foi preso à mando de Odair, de quem era adversário político. A defesa de Mitouso alega que o ex-prefeito foi morto com um tiro de revólver calibre 22 e ele estava com um revólver calibre 32.
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