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domingo, 14 de agosto de 2011

Crise mundial ameaça salário do funcionalismo



Ministro da Fazenda manda congelar o aumento em estudo para categorias

Rio - Os servidores civis do executivo Federal terão que esperar o fim da crise financeira mundial para voltar a sonhar com o reajuste. O novo cenário econômico pegou a categoria em plena negociação com o Ministério do Planejamento, para estender aumento superior a 70% já concedido na era Lula para algumas carreiras.

Oficialmente, a pasta não informa qual é a situação atual perante a orientação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de não conceder reajuste para os servidores federais. A ordem é não aumentar as despesas em plena crise. O Ministério do Planejamento não vai interromper, porém, as rodadas de negociação com as categorias.

Professor do Ibmec-RJ, Gilberto Braga argumenta que o funcionalismo não pode pagar a conta sozinho. “A contenção de gastos deve ser ampla, geral e irrestrita. Por isso a mobilização sindical deve continuar, até para assegurar das autoridades o compromisso do cumprimento das promessas tão logo a situação da economia fique clara ou resolvida”, diz Braga.

Segundo o professor de Economia da Fabec (Faculdade de Academia Brasileira de Educação e Cultura), “a pressão de categorias para um reajuste pode encontrar no parlamento e em próprios setores do governo apoio bastante forte, ocasionando eventualmente o reajuste esperado”.

No próximo dia 24, a Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados vai promover audiência pública para discutir perspectivas de acordo sobre reajuste salarial para os servidores públicos federais.

MEDIDA É UM “RETROCESSO”

Para a Coordenadora de Organização e Política Sindical do Sindicato dos trabalhadores em Educação da UFRJ (Sinturfj), Gerly Miceli, o alerta vermelho dado pelo governo federal é um retrocesso: “Não só com relação aos trabalhadores do serviço público, mas também quanto aos avanços conquistados com o Programa de Aceleração de Crescimento. Recursos há e acho ainda que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se precipitou ao declarar que não é recomendável dar aumento salarial no setor público. Isso só faz com que os setores se mobilizem mais ainda e acabem partindo para o confronto político”.


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