Até anteontem, o Carrefour estava em negociações com o Pão de Açúcar, mas a operação foi suspensa depois que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) retirou o apoio de até R$ 4,5 bilhões para a transação. O impasse foi causado pelo principal sócio do Pão de Açúcar, o grupo francês Casino. De acordo com o BNDES, sua intervenção dependia do entendimento de todas as partes envolvidas, mas as condições estabelecidas não foram cumpridas. Além disso, o recuo do banco foi determinado pela própria presidente Dilma Rousseff, que se intimidou com a repercussão negativa em torno da fusão anunciada no fim do mês passado.
Fracasso A proposta com a união entre o número um e o dois da distribuição no Brasil era criar um grande grupo, que chegaria a um faturamento anual da ordem de R$ 65 bilhões. Agora, se quiser insistir na união, o empresário Abilio Diniz, do Pão de Açúcar, terá de conseguir empréstimos do sistema financeiro privado e, claro, dobrar o seu principal algoz, o presidente do Casino, Jean-Charles Naouri, que, desde o início, deixou claro que a compra do Carrefour não agregaria nada à rede varejista brasileira.
Depois do fracasso nas negociações, a expectativa do mercado foi de que a varejista francesa se aproximasse do Walmart. Com isso, a rede norte-americana, que concentra 400 de suas 560 lojas nas regiões Nordeste e Sul, ampliaria presença no Brasil %u2014 no caso do Carrefour, cerca de 80% das lojas estão no Sudeste. Sem descartar uma possível aquisição da empresa francesa, Samaha tem optado por um discurso polido quando indagado sobre o assunto. %u201CDesde a compra do Bom Preço e do Sonae, em 2006, nosso foco tem sido o crescimento orgânico%u201D, ressaltou.
Correio Braziliense
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